Os presos da Operação Xeque-Mate que não tiveram a prisão temporária prorrogada foram soltos nesta quarta-feira (13). O empresário Dario Morelli, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou o Presídio Federal de Campo Grande pouco depois das 20h. Na saída, ele teria dito apenas que sua prisão foi uma "injustiça". Além dele, outros 17 suspeitos foram soltos.
Na noite de terça (12), a Justiça Federal em Campo Grande (MS) decidiu manter na prisão nove suspeitos, transformando as prisões temporárias em preventivas. Entre os acusados que vão permanecer presos está o ex-deputado Nilton Servo, apontado com um dos chefes da máfia dos caça-níqueis.
Os presos estavam em um batalhão da Polícia Militar, no Corpo de Bombeiros e no Presídio Federal de Campo Grande.
A advogada Maria Dalva Martins, mulher do ex-deputado estadual Nilton Servo, foi solta por volta das 18h. Dois filhos do casal, que estavam no Presídio Federal de Campo Grande, saíram por volta das 20h.
As investigações da Operação Xeque-Mate foram divididas em dois inquéritos: um na Justiça Federal, com 27 indiciados, e outro na Justiça Estadual, com 40 indiciados.
Os nove presos que tiveram a prisão decretada e os 18 soltos nesta quarta fazem parte do inquérito na Justiça Federal. Os 40 indiciados da Justiça Estadual continuam presos. Quebra de sigilo
Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 86 pessoas envolvidas na Operação Xeque-Mate. O pedido foi feito ainda durante a investigação. Segundo a PF, Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, também teve o sigilo quebrado.
Vavá foi indiciado por tráfico de influência e exploração de prestígio. Os agentes estão analisando mais uma conversa gravada de Vavá. Foi com uma mulher ainda não identificada pelos investigadores.
Segundo o relatório da PF, a ligação, no dia 23 de maio, foi feita para o telefone de Vavá. O relatório, que não tem muitos detalhes, informa que, no diálogo, "Vavá diz que o irmão, presidente Lula, quer conversar com ele, porém afirma desconhecer o assunto que Lula quer tratar."
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