Os presos da Operação Xeque-Mate começaram a ser soltos no fim da tarde desta quarta-feira (13). Na noite de terça (12), a Justiça Federal em Campo Grande (MS) decidiu manter na prisão nove dos 67 presos pela Polícia Federal na operação, transformando as prisões temporárias em preventivas.
Entre os acusados que devem permanecer presos está o ex-deputado Nilton Servo, apontado com um dos chefes da máfia dos caça-níqueis.
Dentre os presos, parte estava em um batalhão da Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros em Campo Grande. A advogada Maria Dalva Martins, mulher do ex-deputado estadual Nilton Servo, foi solta por volta das 18h.
Os três filhos do casal, dois deles no Presídio Federal de Campo Grande e um preso em Curitiba, devem ser soltos ainda nesta noite.
Também há expectativa sobre o empresário Dario Morelli, pai de um afilhado do presidente Lula e acusado de ter máquinas caça-níqueis. Ele deve ser um dos primeiros a sair do presídio, onde estão 18 pessoas presas na operação. Quebra de sigilo
Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 86 pessoas envolvidas na Operação Xeque-Mate. O pedido foi feito ainda durante a investigação. Segundo a PF, Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, também teve o sigilo quebrado.
Vavá foi indiciado por tráfico de influência e exploração de prestígio. Os agentes estão analisando mais uma conversa gravada de Vavá. Foi com uma mulher ainda não identificada pelos investigadores.
Segundo o relatório da PF, a ligação, no dia 23 de maio, foi feita para o telefone de Vavá. O relatório, que não tem muitos detalhes, informa que, no diálogo, "Vavá diz que o irmão, presidente Lula, quer conversar com ele, porém afirma desconhecer o assunto que Lula quer tratar."
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