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Suzane von Richthofen confirmou à Justiça, nesta segunda-feira, que vai continuar na disputa pelos bens deixados por seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, mortos em outubro de 2002, enquanto dormiam. Em julho do ano passado, Suzane e os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos de prisão pela morte do casal. De acordo com o advogado de Suzane, Denivaldo Barni, ela desistiu da renúncia à herança, feita durante o julgamento, devido a irregularidades no inventário.

- No inventário, foram arrolados bens pessoais da Suzane, como o carro, documentos e roupas. Além disso, um sítio da família, em Ibiúna, não consta do processo. Até mesmo o erário público está sendo lesado, já que os impostos referentes a essa propriedade não estão sendo pagos - afirmou Barni.

0 responsável pelo inventário hoje é Andreas von Richthofen, irmão de Suzane. Segundo Barni, no dia primeiro de agosto, ela assinou, juntamente com os advogados, uma petição denunciando as irregularidades e, por isso, abrindo mão da renúncia.

- Houve ainda outras irregularidades, sobre as quais a Justiça ainda não se pronunciou. Uma jornalista, por exemplo, teve acesso ao processo, depois de se apresentar como advogada. Só que ele corre em segredo de Justiça - explica Barni.

De acordo com ele, na audiência desta segunda-feira, Suzane apenas reafirmou o conteúdo da petição, confirmando as irregularidades e desistindo da renúncia. Durante o julgamento, no ano passado, ela chegou a afirmar que queria apenas gerir melhor os bens, que, estima-se, somam R$ 2 milhões. Para o advogado, resolvida a questão do inventário, Suzane pretende ficar apenas com um apartamento que pertenceu a avó paterna, um carro (que ela usava na época do crime), além de roupas e documentos.

Habeas-corpus

Barni espera um parecer do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de libertação de Suzane. O STF está analisando um habeas corpus no qual a defesa da jovem pede que ela aguarde em liberdade o julgamento do crime em todas as instâncias. Suzane cumpre pena atualmente na penitenciária feminina de Tremembé.

O ministro Marco Aurélio Melo, na terça-feira passada, já deu parecer favorável ao pedido. O julgamento foi interrompido quando Lewandowski pediu vista do processo. Segundo a assessoria de imprensa do STF, ele não tem um prazo determinado para apresentar seu parecer.

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