Suzane Von Richthofen deverá ficar na casa do tutor e advogado Denivaldo Barni, no Morumbi, zona oeste da capital, até o julgamento, marcado para 5 de junho. Neste domingo, a diretora do Centro de Ressocialização de Rio Claro, Irani Torres, esteve no presídio e afirmou que Suzane deve ser transferida para prisão domiciliar nesta segunda-feira. A presença de Irani causou expectativa de que a jovem fosse transferida ainda neste domingo. No sábado, a diretora havia dito que iria viajar e só retornaria na segunda-feira. 'Só eu posso assinar os papéis de soltura', afirmara Irani.
Irani esteve no presídio durante cerca de 30 minutos e conversou com Suzane. Embora as visitas sejam permitidas aos domingos, Suzane não recebeu ninguém. Barni não apareceu, como costuma fazer. Pela manhã, Suzane esteve no pátio e foi vista por parentes das demais presas. Segundo eles, ela está mais magra e com os cabelos mais claros.
- Ela tem mordomias. Esteve no pátio mesmo sem receber visita e não falou com ninguém - disse uma mulher que preferiu não ser identificada.
Segundo ela, todas as reeducandas - como são chamadas as detentas - receberam da diretoria orientação para não conversar com Suzane, só se ela tomasse a iniciativa.
Suzane foi beneficiada por um hábeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ ) na noite de sexta-feira. A burocracia da Justiça, no entanto, impediu que ela saísse do Centro de Ressocialização de Rio Claro.
Também na sexta-feira, o juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, determinou que os advogados de Suzane informassem o local onde ela permanecerá em prisão domiciliar. O TJ também não encaminhou ao Centro de Ressocialização um fax com o hábeas-corpus que autoriza a transferência.
No sábado, a maior dificuldade dos advogados de Suzane foi definir o local onde a prisão domiciliar será cumprida. Havia dúvidas entre a casa de Barni, em São Paulo, e a da amiga Luzia Sanches, em Itirapina, no interior. Quando finalmente decidiu-se pela residência de Barni, às 13h, o expediente no Fórum da Barra Funda já havia terminado.
O Centro de Ressocialização de Rio Claro não tem celas, mas oito alojamentos que abrigam de 10 a 15 presas. A capacidade é para 120 mulheres e abriga hoje 117. Suzane ajuda na administração e na limpeza do local.
Suzane é ré confessa da morte dos pais, Marísia e Manfred Von Richthofen, em 31 de outubro de 2002. O casal foi morto a pauladas, enquanto dormia, pelos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, este último namorado de Suzane. A intenção era ficar com a herança.
Atualmente, Suzane disputa na Justiça direito à herança dos pais com o único irmão, Andreas Richthofen. Os bens são avaliados em R$ 2 milhões e ela pede o carro que usava antes da morte dos pais, uma casa para morar e pensão do espólio para refazer sua vida. Seu protetor é o advogado Denivaldo Barni, que era amigo do engenheiro Manfred Von Richthofen.
O julgamento de Suzane está marcado para o dia 5 de junho, no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda.
De virose na praia a prejuízos milionários: a corrida dos estados para melhorar o saneamento
Frases da Semana: “Somos tratados com furiosa obsessão negativa”
“Vendi meu olho”: por que tanta gente está escaneando a íris por dinheiro
Facções criminosas usam artistas do funk para fazer propaganda e recrutar jovens para o crime
Deixe sua opinião