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O presidente do PT, Tarso Genro, disse no domingo que vai apoiar o secretário-geral do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), na eleição do partido que vai escolher o sucessor dele, no dia 18. Tarso disse ao jornal 'O Globo' que a guerra entre ele e o ex-ministro José Dirceu foi encerrada no sábado, depois da reunião do diretório nacional, onde ambos conversaram. Tarso lançou o movimento Refundação Partidária, que quer ocupar o lugar do Campo Majoritário, comandado por Dirceu. Este, por sua vez, disse a Tarso que não assumirá mais cargos de poder no PT. Tarso renunciou à disputa pela presidência do PT depois de perder a guerra interna com Dirceu, pois não aceitava o nome do ex-ministro na chapa.

- Eu vou votar no Berzoini. Já me decidi - disse Tarso, o primeiro a assinar o documento de criação do movimento.

- A segunda assinatura é de Berzoini - comemora Tarso.

Dirceu não foi convidado para participar, mas dirigentes de seu antigo núcleo, como Humberto Costa (ex-ministro da Saúde), o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e o secretário especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia endossaram a proposta de Tarso.

- É natural que não tenhamos convidado Dirceu. Embora o movimento não seja excludente, é muito firme em suas críticas à orientação anterior. Parte forte da antiga maioria deve se unir para um processo de transição interna - disse Tarso.

Quanto à guerra interna, que resultou na renúncia de Tarso à campanha para a presidência do PT, é capítulo encerrado, segundo Tarso e interlocutores de Dirceu.

- Conversamos no sábado. Eu disse a ele (Dirceu) que, com o lançamento do movimento, eu começava uma nova fase. Quero reconstruir a estratégia. Ele me disse que cuidará só da defesa de seu mandato. E afirmou que, embora permaneça na chapa do Campo Majoritário, não quer mais ficar no comando. Para mim, nossos problemas estão superados - contou Tarso.

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