• Carregando...

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genso, disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula discutiu hoje pela manhã na reunião de coordenação como será a separação entre sua agenda de presidente e a de futuro candidato à reeleição. Tarso disse que a preocupação do presidente é que haja uma separação total entre as duas agendas e afirmou que o presidente só oficializará sua candidatura na convenção nacional do PT no sábado.

O ministro disse que em princípio o presidente dedicará os dias da semana à agenda de governo e deixará os fins de semana para atos de campanha eleitoral. Segundo ele, Lula pediu a seus assessores que analisem com cuidado a legislação eleitoral para não cometer infrações. A principal proibição da lei é o impedimento de participar de inaugurações a partir de 1º de julho, o que pode levar a impugnação de candidaturas.

- Recebemos a incumbência de trabalhar nessa orientação. A questão fundamental é verificar precisamente aquilo que está vedado (pela legislação eleitoral), o tratamento que devemos dar para que não haja comunicação da pauta de trabalho do presidente da República com a pauta de trabalho do eventual candidato, estabelecendo uma separação rigorosa e obedecendo em toda sua radicalidade a legislação eleitoral - disse o ministro.

Tarso disse que Lula não vai mais participar de inaugurações, mas ressaltou que a lei permite que o presidente faça visitas de inspeção e acompanhamento de obras e projetos. Ao ser perguntado se isso não seria uma campanha disfarçada, Tarso respondeu:

- É uma pergunta tão universal que só posso responder de uma forma: qualquer tipo de palavra, de movimento, pode ser interpretado como campanha disfarçada entre aspas. O objetivo da lei é vetar comportamentos que possam ser usados eleitoramente e é essa a preocupação que o governante deve ter - disse.

Tarso disse que faz parte da democracia os partidos entrarem na Justiça Eleitoral contra atos de seus adversários e que o PT mesmo faz isso, mas afirmou que isso não deve servir de parâmetro para as atitudes do partido.

- O direito de ir à Justiça Eleitoral não pode ser a baliza para nós. A baliza para nós tem que ser a precupação estrita do presidente com a legalidade e com a preservação do nível democrático e republicano do processo eleitoral - disse.

Indagado se o presidente admitiu na reunião que é candidato à reeleição, Tarso respondeu:

- Praticamente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]