O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, voltou atrás e defendeu nesta segunda-feira a necessidade de uma ampla reforma política no país. Na última quinta-feira, o ministro havia dito que "o governo Lula não precisa das reformas política e tributária para governar". Agora, ele argumenta que o sistema político brasileiro está "esgotado" e precisa de acordo para que as mudanças sejam realizadas.
Tarso disse que o governo federal tem "consciência" de que a reforma política não será feita por iniciativa de um partido ou mesmo de um campo político.
- É necessário trabalhar um consenso majoritário, uma hegemonia interna no Parlamento, em cima de alguns pontos fundamentais que possam desobstruir o atual sistema político e encaminhá-lo para um novo patamar democrático, de qualificação jurídica e de qualidade institucional, que coloque a democracia brasileira num outro nível.
O ministro participou de seminário sobre o tema "Reforma política e pacto Federativo: o desafio da informação e o papel da sociedade", na Assembléia Legislativa gaúcha.
- Existe a possibilidade de haver um grande consenso em torno de temas como fidelidade partidária, votação mista, financiamento público das campanhas e na regulamentação de instrumentos que combinem a democracia direta com a democracia representativa - disse ele.
Segundo Tarso, as mudanças podem sair ainda neste primeiro semestre do ano.
- O governo federal vai ao presidente da Câmara e do Senado para apresentar as contribuições da agenda composta pelo Ministério da Justiça e da agenda composta pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
O ministro afirmou, porém, que o governo federal não vai encaminhar novo projeto sobre o tema para o Congresso.
- Primeiro, porque já tem um projeto tramitando e, segundo, porque, se não ocorrer um acordo entre oposição e governo, não sairá a reforma política.
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