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As Estatísticas do Registro Civil, estudo divulgado nesta terça-feira pelo IBGE, mostram que de 2004 para 2005 a taxa de divórcios no Brasil passou de 1,2 para 1,3 por mil pessoas de 20 anos ou mais e atingiu seu maior patamar desde 1995. Por outro lado, aumentou também a proporção de casamentos nos quais um dos cônjuges ou ambos eram divorciados.

Estabilidade econômica favorece casamentos, diz IBGE

Em 2005, foram realizados 835.846 casamentos no Brasil, 3,6% a mais que em 2004 (806.968). De acordo com o IBGE, o aumento segue uma tendência observada desde 2001 e resulta, em parte, da legalização de uniões consensuais. Em vários estados acontecem casamentos coletivos, numa iniciativa de prefeituras, cartórios e igrejas. Também segundo o IBGE, a estabilidade econômica nos últimos anos favoreceu o crescimento do número de casamentos.

No que depender dos números, dezembro é o mês das noivas: em coerência com a tendência dos últimos trinta anos, em dezembro do ano passado aconteceu o maior número de casamentos em relação à média anual.Cai percentual de casamentos entre solteiros

Do total de casamentos realizados em 2005, 85,9% eram de cônjuges solteiros, percentual ligeiramente inferior ao de 2004 (86,4%). Comparando os dados do período 1995-2005, observou-se a tendência de queda contínua nos casamentos entre solteiros, com pequena desaceleração em 2003.

Também aumentaram as uniões legais entre solteiros e divorciados. De 1995 para 2005, o percentual de mulheres solteiras que se casaram com homens divorciados passou de 4,1% para 6,2%, enquanto que o de mulheres divorciadas que se uniram legalmente com homens solteiros cresceu de 1,7% para 3,1%. Os casamentos entre cônjuges divorciados também aumentaram de 0,9% para 2,0%.

Cobertura de registro de nascimento aumenta no país

O IBGE aponta ainda um aumento na estimativa de cobertura de registros civis de nascimento no país. De acordo com o instituto, em 2000, o percentual era de 80,6%, em 2004 alcançou 83,6%, e a estimativa em relação a 2005 foi de 88,5% de cobertura.

No relatório, o IBGE aponta que "o registro de nascimento em cartório é a representação da existência legal dos indivíduos, condição fundamental para o exercício da cidadania".Tendência de queda na mortalidade infantil e nas mortes violentas

A pesquisa revela ainda uma evolução no percentual de crianças registradas, de 80,6% em 2000 para 88,5% no ano passado, e a manutenção da tendência de queda na mortalidade infantil e nas mortes por causas violentas, especialmente entre os homens.

Até 2002, a tendência no país era de aumento da incidência de mortes violentas, particularmente entre homens. A partir de então, há indicativos de início de uma inversão nessa tendência, mas os dados ainda se mantêm em patamares bastante elevados.

Na região Sudeste, porém, houve um crescimento na mortalidade causada pela violência entre as mulheres (de 4% em 2004 para 5% em 2005). No entanto, no Centro-Oeste que a incidência de óbitos do sexo feminino por causas violentas - apesar da tendência consistente de queda - tem sido mais elevada, com valores médios ao redor dos 8% até 1997, chegando a 5,6% em 2005.

Rio na frente do ranking de mortes violentas entre homens

O estado do Rio de Janeiro está na frente no ranking de mortes por causas violentas de homens de 15 a 24 anos (227,4 óbitos por 100 mil habitantes), mas o Amazonas teve o maior crescimento desse tipo de óbito entre 2004 e 2005 (45%).

Em nível nacional, de 1990 a 2002, a proporção de mortes de homens relacionadas a causas violentas elevou-se de 14,2 % para 16,2%. Em 2005, essa percentagem caiu para 15,5%. Entre as mulheres, as proporções se mantiveram praticamente estáveis ao longo de todo o período, com valores levemente superiores a 4%.

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