Policial na frente da casa de Cunha: ação da Lava Jato.| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Um dos carros encontrados por agentes da Polícia Federal (PF) na casa do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PDMB-RJ), no Rio, nesta terça-feira, está registrado em nome de Altair Alves Pinto. O veículo — um táxi — é um Touareg branco, modelo 2013-2014, com placa LSM 1530, de Nova Iguaçu. De acordo com informações de Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, em delação premiada, Altair era o intermediário da propina destinada a Cunha.

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Em depoimento à PF, Baiano apontou Altair Alves Pinto como braço direito do presidente da Câmara. Segundo o lobista, que está em prisão domiciliar, Altair recebeu uma remessa, cujo valor variavam entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão, em outubro de 2011. O montante fazia parte da propina de US$ 5 milhões, que teria sido paga a Cunha, segundo Baiano, na negociação de dois navios-sondas da Samsung Heavy Industries pela Petrobras. A entrega do dinheiro a Altair aconteceu em um escritório no Centro do Rio. O destinatário era Eduardo Cunha.

Na ocasião do depoimento de Baiano, Altair ocupava um cargo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ele era assessor especial para assuntos parlamentares, lotado no gabinete do deputado Fábio Silva (PMDB), aliado de Cunha, com salário líquido mensal de R$ 7,6 mil. Antes, Altair foi funcionário de Cunha, em seu mandato de deputado estadual.

Registrado em nome de Altair, o veículo estava estacionado na casa de Cunha, em um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio, segundo foto do jornal O Dia. Nesta terça-feira, agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) cumpriram mandados de busca e apreensão no local. Os policiais chegaram à casa do presidente da Câmara às 6h e deixaram o local às 10h45m, com um malote apreendido. Ao todo, a PF e o MPF cumpriu 53 mandados em sete estados e o Distrito Federal. A operação foi denominada Catilinária.