Brasília (AE) Técnicos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios começam a analisar na semana que vem relatório preliminar elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou irregularidades em contratos firmados pelo Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) com duas agências de publicidade, a Artplan e a McCann Erickson, entre 2002 e 2005. Os auditores do TCU descobriram que o Embratur pagou adiantado R$ 963,6 mil, em 30 de dezembro de 2004, para a McCann Erickson por 80 mil folders, que não foram entregues na data do recebimento dos recursos.
Segundo a auditoria do Tribunal, o diretor de Marketing do Embratur, Edson Antunes Campos, atestou o recebimento dos 80 mil folders, em dezembro do ano passado, antes da entrega do material.
O relatório do tribunal constatou que o Embratur fez uma sindicância interna para apurar o episódio e solicitou o afastamento por 30 dias do cargo do diretor de Marketing. A assessoria de imprensa do Embratur explicou ontem que a sindicância concluiu que "não houve dolo na operação", e que o pagamento foi antecipado por 10 dias, para que os gastos com o serviço de impressão de folders não entrassem no orçamento da empresa de 2005.
O Embratur é uma empresa pública subordinada ao Ministério do Turismo, que é chefiado por Walfrido Mares Guias, do PTB do ex-deputado Roberto Jefferson. A legislação proíbe que empresas públicas efetuem pagamento antecipado de serviços ainda não entregues.
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