Brasília (Folhapress) – Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) elaborado a pedido da CPI dos Bingos descarta quatro pontos que constariam do parecer do relator da comissão, Garibaldi Alves (PMDB-RN), sobre irregularidades na prorrogação do contrato da multinacional GTech com a Caixa Econômica Federal.

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O documento apontará pagamento de propina na prorrogação do contrato de R$ 650 milhões da Caixa com a GTech para a gestão dos sistema de loterias federais. Também irá propor o indiciamento de alguns envolvidos na negociação, entre eles Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, e Rogério Buratti, ex-secretário de Palocci quando foi prefeito de Ribeirão Preto (SP).

O resultado da última inspeção feita pela TCU vai na contra-mão da auditoria feita em julho pelo mesmo tribunal para examinar o contrato, cujo resultado listava irregularidades e calculava prejuízo do banco de R$ 433 milhões com a negociação. Pelo documento anterior, a maior parte das irregularidades se deve a reajustes de preços e serviços muito acima da inflação. A auditoria responsabilizou o vice-presidente de Logística da Caixa Paulo Bretas pelo prejuízo e poupou o presidente do banco, Jorge Mattoso.

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O argumento foi que o desconto, de 15%, apresentado pela GTech em abril de 2003 e aceito pelo banco, poderia ter sido maior. Pelos cálculos, a Caixa pagou, entre abril de 2003 e agosto de 2004, cerca de R$ 408 milhões à GTech. Mas se os termos da prorrogação tivessem sido mais bem negociados, o valor seria de R$ 288 milhões. O contrato ainda está em vigor e deve terminar no primeiro semestre de 2006.