TCU x Lula em debate

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Na próxima quinta-feira, o Senado realiza a segunda audiência pública do ano para discutir as divergências entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e o governo federal. As comissões esperam a presença do presidente do tribunal, ministro Ubiratan Aguiar (foto). A audiência está sendo organizada pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fis­­calização e Controle (CMA), a partir de requerimento dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Renato Casagrande (PSB-ES). As rusgas entre TCU e Planalto se intensificaram há dois meses, quando o tribunal recomendou ao Congresso a suspensão de 41 obras federais. Desse total, 13 fazem parte do Programa de Ace­­le­­ração do Crescimento (PAC), menina dos olhos de Lula e principal vitrine para a candidatura de Dilma Rousseff para o ano que vem. Lula reclamou do que considerou "exagero" do tribunal e atribuiu ao órgão a responsabilidade pelos atrasos em obras.

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Mobilização

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu a mobilização da sociedade e da classe política, como nos tempos das Diretas-Já, da Constituinte e dos caras-pintadas, para aprovação do projeto de iniciativa popular que impede a candidatura de políticos com condenação na Justiça. Para Simon, nos últimos tempos o Brasil se preocupou muito em conhecer o eleitor, mas não se preocupa em conhecer a conduta ética e moral dos que elege. "Foram mais de 1 milhão os que aderiram ao projeto. Uma lufada de ética em muitos que serão, aprovada a lei, alcançados por ela. Para ingressar no serviço público há de se comprovar conduta ilibada."

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Renascimento

Durante o encontro do PMDB no sábado, Requião criticou o fato de somente um dos deputados federais paranaenses do partido, Marcelo Almeida, estar presente no encontro. "Os que não estiveram presentes se arrependerão amargamente, pois ressurge o velho MDB."

Senso de oportunidade

O vice-governador Orlando Pessuti aproveitou o lançamento da candidatura de Requião à Presidência, na reunião do PMDB de sábado, e conclamou os peemedebistas a também se unirem em torno de sua candidatura à sucessão estadual. "No Paraná e no Brasil, que o partido não se esconda e não se acovarde."

Aliança fatal

Curiosa foi a declaração do deputado estadual Francisco Chagas Romão, do PMDB do Acre: "Se coligarmos com o PT, acabou o partido no Acre". Para ele, legenda que não pretende chegar ao poder não é partido político, "é congregação mariana".

Lobby

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, irá nesta terça-feira a Brasília, acompanhado do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Os dois vão tentar impedir a mudança na distribuição dos royalties do pré-sal e, assim, defender as receitas de seus estados, que são produtores de petróleo.

Torcida de Chávez

O Projeto de Decreto Legis­­la­­ti­­vo (PDS) 430/08, que aprova o texto do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, po­­de­­rá ser votado na sessão ple­­ná­­ria de terça-feira no Senado. A votação consta da Ordem do Dia, mas as lideranças partidá­­rias é que vão bater o martelo sobre o assunto. A base aliada, favorável à entrada do país governado por Hugo Chávez no Mercosul, teme não ter os votos necessários para aprovar o projeto. O assunto seria debatido no Senado há 15 dias, mas as declarações dele inci­­tan­­do uma guerra com a Co­­lôm­­bia foram fortes o sufi­­ciente para adiar a votação.