| Foto: Alan Costa Pinto/Tribuna do Paraná
Manifestante do Movimento Passe Livre, Luana Cristiane Martins, que jogou a torta no rosto do engenheiro da Urbs
Integrantes do MPL no plenário da Câmara de Vereadores de Curitiba após um dos manifestantes ter jogado uma torta em Luiz Fila, técnico da Urbs
Luiz Fila falava sobre a composição da tarifa técnica quando foi atingido por torta na cara, jogada por representante do Movimento Passe Livre

A sessão da CPI da Urbs, na Câmara de Vereadores de Curitiba, foi suspensa na tarde desta segunda-feira (15) depois que uma integrante do Movimento Passe Livre (MPL) de Curitiba jogou uma torta na cara do gestor da área de transporte coletivo da Urbs, Luiz Fila. Ele dava explicações sobre a composição da tarifa técnica há quase duas horas quando foi atingido. A sessão foi suspensa e só será retomada na quinta-feira (18).

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Em resposta ao ato, representantes da CPI afirmaram que as sessões continuarão sendo abertas ao público, mas os interessados em assistir serão revistados. "CPI que termina em pizza tem que começar com torta", diz mensagem postada pouco depois do ato no twitter do MPL Curitiba. "Objetivo atingido: torta na cara de mentiroso", afirma outra postagem na rede social.

Depois da tortada, o presidente da CPI, Jorge Bernardi (PDT) convocou os membros da comissão para deliberação em sala reservada, enquanto Fila foi levado para limpar o rosto.

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A integrante do MPL, Luana Cristiane Martins, admitiu, por telefone, que havia planejado a ação previamente. O ato de protesto, segundo Luana, teve como objetivo mostrar aversão a eleição de Jorge Bernardi como presidente da CPI. "Quem está coordenando a CPI é um tecnocrata da Urbs que saiu [da Urbs] para fazer essa comissão, que não vai servir para nada", explicou a integrante do MPL.

O outro convidado para discursar na sessão desta segunda-feira era o representante do Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana, engenheiro José Antonio Veloso. Ele e Fila devem voltar à Câmara na quinta-feira.

Em nota, a Urbanização de Curitiba reagiu a agressão: "(...)a Urbs repudia de forma veemente a agressão física e moral à qual seu funcionário foi submetido - no exercício de seu trabalho, prestando esclarecimentos de interesse público - dentro do plenário da Câmara Municipal de Curitiba. Um profissional de reconhecida competência nacional e que há várias décadas se dedica ao transporte coletivo. Nessa tarde de segunda-feira (15), na Casa do Povo, um cidadão, várias instituições, e a democracia foram gravemente agredidos, o que merece repúdio de toda a sociedade."

Sessão

Durante sua fala, Fila explicou alguns pontos que foram estabelecidos em licitação e o que teve que ser alterado depois. Segundo ele, fatores como a ampliação do Terminal do Cabral e o reajuste salarial dos funcionários somam valores maiores do que havia sido previsto no edital. Ele reforça que o transporte coletivo depende de subsídio municipal.

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De acordo com Fila, o critério da licitação que escolheu as empresas que operam o transporte coletivo na capital foi o custo por quilômetro rodado. Atualmente, a tarifa técnica (que as empresas efetivamente recebem) é R$ 2,99 por passageiro.

Fila é atingido por torta