Setransp também deve ser ouvida
Além de Fila, fala na desta quinta-feira o representante do Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), engenheiro José Antonio Veloso. O início da reunião está previsto para as 14 horas no plenário da Câmara.
O engenheiro da Urbs que levou uma torta na cara durante a última reunião da CPI do transporte coletivo de Curitiba volta à Câmara de Vereadores na tarde desta quinta-feira (18).
O ataque aconteceu quando Luiz Fila explicava a composição da tarifa técnica, em uma fala que já durava duas horas. Ele foi atingido no rosto por uma torta arremessada por uma manifestante do Movimento Passe Livre (MPL). A sessão, que foi interrompida, será retomada apenas hoje.
De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, as sessões da CPI continuarão abertas ao público. Mas, já nesta quinta (18), um novo procedimento de segurança será adotado na Casa. Guardas Municipais vão revistar as pessoas que entrarem no local da reunião e obrigarão que as pessoas deixem seus objetos em um guarda-volumes.
A assessoria de imprensa da Urbs confirmou que Fila irá à Câmara nesta tarde. Ele deve continuar sua explicação sobre a tarifa técnica dos ônibus. O técnico participa da CPI como convidado, para que os vereadores tenham elementos suficientes para entender alguns aspectos da composição tarifária de maneira detalhada.
A reportagem tentou contato com o MPL para saber se há alguma manifestação programada para esta quinta-feira (18), mas não possível contatá-lo até as 11 horas.
Repercussão
Pouco depois de Fila ser atingido pela torta, Luana Cristiane Martins, integrante do MPL admitiu, por telefone, que havia planejado a ação previamente. O ato de protesto, segundo Luana, teve como objetivo mostrar aversão a eleição de Jorge Bernardi como presidente da CPI. "Quem está coordenando a CPI é um tecnocrata da Urbs que saiu [da Urbs] para fazer essa comissão, que não vai servir para nada", explicou a integrante do MPL.
Em nota, a Urbanização de Curitiba reagiu: "(...)a Urbs repudia de forma veemente a agressão física e moral à qual seu funcionário foi submetido - no exercício de seu trabalho, prestando esclarecimentos de interesse público - dentro do plenário da Câmara Municipal de Curitiba. Um profissional de reconhecida competência nacional e que há várias décadas se dedica ao transporte coletivo. Nessa tarde de segunda-feira (15), na Casa do Povo, um cidadão, várias instituições, e a democracia foram gravemente agredidos, o que merece repúdio de toda a sociedade."
Esclarecimentos de Fila
Durante sua fala, antes do ocorrido, Fila explicou alguns pontos que foram estabelecidos em licitação e o que teve que ser alterado depois. Segundo ele, fatores como a ampliação do Terminal do Cabral e o reajuste salarial dos funcionários somam valores maiores do que havia sido previsto no edital. Ele reforça que o transporte coletivo depende de subsídio municipal.
De acordo com Fila, o critério da licitação que escolheu as empresas que operam o transporte coletivo na capital foi o custo por quilômetro rodado. Atualmente, a tarifa técnica (que as empresas efetivamente recebem) é R$ 2,99 por passageiro.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”