Brasília (Folhapress) – Para evitar que o Planalto sofresse uma nova derrota, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), encerrou a sessão que iria votar ontem a Medida Provisória (MP) do salário mínimo.

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Na semana passada, o Senado aproveitou a desarticulação do governo e elevou a proposta de elevação do mínimo para R$ 384,29. Esse valor é superior à proposta original do governo – em vigor desde 1.º de maio – que elevou o mínimo de R$ 260 para R$ 300.

A manobra foi utilizada por Severino, após perceber que o acordo fechado pelo colégio de líderes – para manter o mínimo em R$ 300 – poderia ser descumprido.

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No acordo feito no fim da tarde pelo colégio de líderes, ficou acertada que a votação seria simbólica. A tendência era manter o valor que consta da Medida Provisória do governo, R$ 300. No entanto, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) conseguiu reunir mais de 32 assinaturas para pedir a verificação de quórum. Com isso, a votação teria que ser nominal.

Dessa forma, as chances de uma nova derrota ao governo seriam maiores, já que muitos deputados não querem ver seu nome vinculado a um tema como esse. Ou seja, ser responsável pelo rebaixamento do valor do salário mínimo.

Se hoje os deputados referendarem a decisão do Senado, o presidente Lula deverá vetar o aumento. Há também a possibilidade da medida caducar sem ser votada – a medida vence na sexta-feira, mas nesse dia não há sessão na Câmara.