O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil precisa de uma “injeção de otimismo”. Ele defendeu maior integração entre o governo e o setor privado como uma das formas de sair da crise. O país teve a nota rebaixada nesta manhã e perdeu o grau de investimento da agência Moody’s, o último que restava entre as principais agências que avaliam o risco de não pagamento de dívidas.
“Não é o que o país, o governo pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo governo. Vamos fazer uma sociedade entre o governo e o setor produtivo. É disso que nasce a prosperidade do país”, afirmou Temer, parafraseando o ex-presidente norte-americano John Kennedy, que cunhou a frase: “Não pergunte o que o seu país pode fazer por você; antes, pergunte o que você pode fazer pelo seu país”.
O vice-presidente participou de um debate sobre o setor portuário, acompanhado pelo portal de notícias G1, e falou a uma plateia de empresários. Ele afirmou que a palavra crise tem sido usada de forma “indiscriminada”, mas reconheceu que empregos estão sendo eliminados no país.
“Se ela (iniciativa privada) vai bem, tem geração de empregos. Se vai mal, tem eliminação de empregos. Reconheço que estamos numa fase passageira de eliminação de empregos. Mas toda essa ideia de infraestrutura, não só portuária, tem por objetivo, principalmente, a recuperação de emprego no país. Ter a presença da iniciativa privada, dos empresários, junto ao governo, é que permite o desenvolvimento e o crescimento do nosso país”, disse.
Temer afirmou ainda que tem conversado com investidores estrangeiros, interessados no Brasil, e que eles têm demonstrado otimismo em relação ao futuro:
“Investidor não investe só em função do presente, mas do futuro. Nós temos muitas vezes no país uma visão muito pessimista. Na verdade, quando você ouve as possibilidades do Brasil nos mais variados setores, você verifica que o Brasil não parou, que o Brasil vai continuar”, ressaltou.
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