Presidente da Câmara por três gestões e tido como conhecedor dos bastidores legislativos, Michel Temer (PMDB) anunciou nesta quinta-feira (12) um ministério composto em sua maioria por deputados federais e senadores.
O governo fechou a conta em 23 ministérios, um a mais do que aliados do peemedebista vinham anunciando em conversas de bastidor. O número, porém, é menor do que os 32 ministros da gestão Dilma Rousseff.
LISTA: Veja quem são os novos ministros
Antes um espécie de departamento vinculado à presidência da República, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ganhará status de ministério. Em compensação, a AGU (Advocacia-geral da União) perderá o título, que tinha durante o governo petista.
Os dois últimos nomes anunciados foram Helder Barbalho (PMDB), para o ministério de Integração Nacional, e Fernando Coelho (PSB), para a cadeira de Minas e Energia.
De total de novos ministros, 13 são congressistas, ou seja, 57% do total da nova configuração da Esplanada dos Ministérios.
O porcentual representa quase o triplo com que Dilma Rousseff iniciou o seu segundo mandato, em 2015, com 7 congressistas nas 39 cadeiras – 18% do total.
“O que o chefe acha, eu acho também”, diz Barros, novo ministro da Saúde
Leia a matéria completaCom o agravamento da crise e o avanço de seu enfraquecimento político, a petista cedeu mais cadeiras para a Câmara e Senado, mas a medida não conseguiu conter a onda que resultou em seu afastamento nesta quinta (12).
Base de apoio
Aliados e porta-vozes de Temer no Congresso dizem que, em linhas gerais, sua base de apoio começa mais ou menos com o tamanho dos votos pró-impeachment: 367 das 513 cadeiras da Câmara e 55 das 81 do Senado.
O número é suficiente para aprovação de mudanças na Constituição (308 e 49, respectivamente), mas haverá dissidências, muitas delas resultantes de demandas não atendidas na montagem da nova gestão.
Além disso, PT, PC do B, PDT, Rede e Psol, derrotados com a saída de Dilma, prometem oposição aguerrida a um governo que consideram golpista e sem legitimidade.
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