Em entrevista ao jornal "An-Nahar", o vice-presidente brasileiro, Michel Temer, definiu como produtiva sua visita ao Líbano, onde falou sobre o papel do Brasil na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) e os direitos dos expatriados libaneses no país.
Durante sua viagem, iniciada na sexta-feira, Temer se reuniu com o presidente do Líbano, Michel Suleiman, com o primeiro-ministro, Najib Mikati, e o chefe do Parlamento, Nabih Berri.
Em declarações ao jornal, Temer explicou que as reuniões se centraram na participação brasileira na força marítima da Finul e no apoio aos esforços para que o país árabe se transforme em membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
O vice-presidente lembrou que está é a segunda vez que o Brasil participa de uma força de manutenção da paz, após ter ajudado também no Haiti, o que "demonstra um prestígio cada vez maior".
De acordo com Temer, as conversas também abordaram o direito dos libaneses expatriados a participar das eleições em seu país de residência e obter a nacionalidade libanesa.
O vice-presidente afirmou que o Brasil está examinando sua participação na prospecção de petróleo e gás libanês através de uma companhia brasileira.
O Parlamento libanês aprovou em agosto de 2010 uma lei para explorar os recursos petroleiros que se encontram nas águas territoriais e pediu o estabelecimento de um fundo e um comitê para a supervisão das escavações e explorações no litoral do Líbano.
Ainda no setor econômico, Temer revelou a possibilidade de abrir uma filial do Banco do Brasil em Beirute e que as empresas brasileiras participem da construção de represas de água e promoção do comércio entre os países.
O vice-presidente adiantou que planejam abrir um escritório da Embraer em Beirute, proposta que foi apoiada por Mikati, que estaria disposto a comprar 25 aviões.
Sobre as revoltas populares na região, Temer ressaltou que o Brasil rejeita a violência e apoia as reformas.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura