O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), defende o sigilo eterno dos documentos ultrassecretos do governo. Em rápida entrevista, nesta quinta-feira(16), em Recife, ele afirmou que o sigilo com possibilidade de prorrogações só deve caber no caso dos atos relativos à segurança nacional, fronteiras e relações internacionais, classificados como ultrassecretos e "portanto os mais graves do País".
"Em relação aos atos em geral sou a favor do sigilo por prazo determinado", destacou, ao frisar: "não é sigilo de todo e qualquer documento". Embora defenda o prazo de 25 anos com prorrogações a cada 25 anos para os documentos ultrassecretos, o vice-presidente observou que nada impede que daqui a 25 anos, se entenda que não seja necessário prorrogar o sigilo.
Quanto à intenção do governo federal de manter em segredo os orçamentos da Copa 2014 e Olimpíadas 2016, Temer afirmou que "na verdade o que há é uma flexibilização do sistema de licitação". Segundo ele, sem prejuízo de fiscalização: "Não significa que não vai haver fiscalização em função dessa flexibilização".
O vice-presidente almoçou com o governador Eduardo Campos (PSB) e participou da abertura de seminário sobre reforma política promovido pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE). Na sua palestra, voltou a defender o voto majoritário para o Legislativo. Como acredita que a ideia não seria aprovada pelo Congresso, propõe o voto misto - 50% pelo voto majoritário e 50% pelo sistema distrital.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Lula não passa presidência para Alckmin e ministros assumem tratativas no Congresso; assista ao Entrelinhas
São Paulo aprova isenção de IPVA para carros híbridos; elétricos ficam de fora