O vice-presidente Michel Temer tem atuado desde a manhã desta quinta-feira (29) para tentar diminuir o mal-estar causado no Palácio do Planalto pelo conteúdo de manifesto elaborado pelo partido que faz duras críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff.
O peemedebista, que é presidente nacional do PMDB, telefonou para o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, para minimizar o documento partidário e para informar que uma nova versão, agora sem críticas ao governo federal, deve ser divulgada ainda nesta quinta-feira (29) no site da Fundação Ulysses Guimarães, centro de estudos ligado ao PMDB.
Para evitar um agravamento da atual relação turbulenta entre PT e PMDB, o vice-presidente pretende também entregar nesta quinta-feira uma cópia do novo manifesto diretamente para Dilma Rousseff.
O manifesto do partido, antecipado pela Folha de S.Paulo, faz seu mais duro ataque recente ao PT, culpa a “equivocada” política econômica de Dilma Rousseff por “todos problemas e dificuldades atuais” e sustenta que, ao contrário do que prega o Palácio do Planalto, a crise “tem, sim, raízes ou causas internas”.
O documento é uma versão preliminar, portanto sujeita a alterações, que começou a ser discutida pela sigla em agosto -quando a relação entre o PMDB e PT era mais tensa do que agora.
A versão definitiva será entregue no congresso da Fundação Ulysses Guimarães em 17 de novembro. O programa passou pelas mãos dos principais caciques peemedebistas.
O texto final tem também a participação de economistas ligados ao partido, como Delfim Netto -um dos principais conselheiros do vice-presidente Michel Temer na área.
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