O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse, nesta quarta-feira (9), em encontro com senadores do partido, que não atua para assumir a Presidência da República. “Não movo uma palha para isso”, disse ele, conforme relato feito pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS). No encontro, ocorrido no Palácio do Jaburu à tarde, Temer fez questão de dizer que “constitucionalmente” terá de assumir caso a presidente Dilma Rousseff deixe o cargo se for condenada no processo de impeachment no Congresso, mas que não estava trabalhando para isso.
Participaram desse encontro, além de Moka, os peemedebistas Blairo Maggi (MT), Ricardo Ferraço (ES), Dário Berger (SC) e Simone Tebet (MS). Os senadores queriam explicações de Temer sobre a motivação da carta que encaminhou a Dilma na qual reclamou da falta de apoio a ele e ao PMDB.
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O vice disse ter ficado chateado com o vazamento da correspondência na segunda-feira (7) à noite. Ele afirmou que se tratava de um documento pessoal. E, àquela altura, anunciou que conversaria com presidente sobre o assunto - uma reunião entre os dois ocorreu no início da noite desta quarta-feira.
Após se encontrar com Dilma, Temer participou do tradicional jantar de fim de ano promovido pelo líder do partido no Senado e pelo tesoureiro nacional do PMDB, Eunício Oliveira (CE), em Brasília. Conforme relatos, ele foi abordado a toda hora pelos senadores e por outras autoridades presentes, dos mais diversos partidos.
Na maior do tempo, o vice esteve acompanhado do jantar do ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB. Ele não chegou a fazer um pronunciamento formal, mas conversou com vários senadores – cuja Casa Legislativa era a que, até o momento, mais vinha dando sustentação política para Dilma Rousseff.
“O eixo do poder já está tomando outro rumo. Ele [Temer] hoje tem o norte”, disse o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), presente ao jantar.
Também participaram da confraternização o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP), os ministros Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).
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