O vice-presidente Michel Temer (PMDB), vice na chapa da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), afirmou na tarde desta sexta-feira (12) que não tinha conhecimento de nenhum suposto esquema de corrupção como delatado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. "Jamais tive conhecimento disso, se houve, você mesmo verificou que o partido enquanto instituição não tem nada a ver com a história", disse, durante a série Entrevistas Estadão.
Temer disse ainda que, por se tratar de uma delação e um vazamento de notícia, é preciso conhecer o conteúdo exato das denúncias. "E isso está sendo apurado, quem está apurando isso é o governo, é a Polícia Federal", disse. "Mesmo aqueles que estão envolvidos querem apuração", completou.
Sobre o envolvimento do ministro Edison Lobão (PMDB) em um esquema de propina citado pela revista Veja em sua última edição Temer disse que o partido é a favor do amplo direito de defesa mas que se for comprovado algum tipo de crime o partido tem instrumentos para punir os culpados.
Questionado sobre se em uma eventual derrota de sua chapa o PMDB faria oposição ao novo governo, Temer disse que o "PMDB está fazendo esforço para que nós ganhemos a eleição". "A ideia central é que nós vamos continuar no governo. O que vai acontecer no futuro, eu não vou trabalhar com hipóteses, mas se essa hipótese se verificar (derrota), creio que o PMDB será procurado (pelo novo governo)", afirmou.
Ele ponderou que isso não deve acontecer se a candidata Marina Silva (PSB) for eleita. "Ela diz que vai escolher pessoas e não partidos, o que é altamente subjetivo", afirmou. "O que vai acontecer com o PDMB se eles ganharem, a primeira ideia é que fique na oposição, porque vai ter perdido a eleição", completou.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), vice na chapa do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves foi entrevistado no último dia 10. A data da entrevista com o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice na chapa da presidenciável Marina Silva, ainda será confirmada. Já participaram da série os principais candidatos à Presidência, ao governo de São Paulo, além de concorrentes ao Senado pelo Estado.
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