O vice-presidente da República, Michel Temer, ressaltou nesta sexta-feira (29) que o nome do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira não foi “eliminado” da possibilidade de ocupar o Ministério da Justiça, num possível afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff, no processo de impeachment.
“Tornou-se natural a citação de seu nome para ocupar cargo de Ministro da Justiça se eventualmente houver decisão do Senado sobre a continuidade do processo de impeachment. Destaco que, no entanto, jamais houve convite. Assim sendo, não poderia ter sido eliminado. Presto esta homenagem a Mariz e espero repor os fatos em sua verdadeira dimensão”, diz Temer em nota.
No documento, o vice afirma ainda que as notícias publicadas pela imprensa nos últimos dias sobre a composição do novo governo “produziram injustiça grave” em relação à Mariz.
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“As especulações sobre eventuais ministeriáveis publicadas nos últimos dias produziram injustiça grave em relação ao brilhante advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, profissional de trajetória intimamente ligada à luta pelos valores democráticos, de ética inatacável e comportamento irreparável. Quero corrigir essa injustiça ressaltando a história de vida de Mariz, esse extraordinário amigo que me incentivou muitíssimo no fortalecimento de nossas instituições”, diz Temer.
O posicionamento do vice-presidente ocorre dias depois de circular a informação de que Temer teria desistido de indicar Mariz para o Ministério da Justiça em razão das entrevistas dadas pelo advogado em que faz críticas à Operação Lava Jato, em especial ao instituto das delações premiadas.
No ano passado, Mariz, que defende o vice-presidente no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Lava Jato, já havia participado de um abaixo-assinado crítico aos métodos da operação. Por causa disso, a indicação de Mariz sempre esteve ameaçada.