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Diferentemente do ex-presidente Luiz Inácio Lula, que recebia chefes estrangeiros no Planalto e emendava com almoço no Itamaraty, a presidente Dilma Rousseff delegou ao vice Michel Temer a tarefa de ciceronear hoje o primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, no Ministério das Relações Exteriores. Foi a primeira visita de um chefe de governo ao Brasil no mandato da atual presidente.

Dilma esvaziou a parte festiva da visita de Xanana Gusmão. Ela se limitou a recebê-lo em seu gabinete, num encontro de caráter "técnico", onde avaliou projetos que estão sendo tocados por brasileiros para ajudar na consolidação do país asiático que só em 2002 foi desocupado pela Indonésia. Depois de um ato de assinatura de acordos e declaração à imprensa, Xanana foi para o Itamaraty, onde Temer o esperava. Já Dilma voltou para seu gabinete.

Em tom de brincadeira, diplomatas observaram que Dilma estava no trabalho no gabinete do Planalto enquanto Temer desempenhava o papel de "embaixador" nos salões do Itamaraty, brindando com Xanana Gusmão as parcerias firmadas por Brasil e o país asiático.

Logo após se despedir de Xanana Gusmão, Dilma resolveu estrear, em Brasília, no "quebra-queixo" - coletiva rápida em que a autoridade responde perguntas sobre temas diversos. Os assessores do Planalto, que não escondem o medo de broncas da presidente, não tinham colocado um púlpito no salão para uma eventual entrevista. Houve um princípio de tumulto quando a presidente se aproximou dos jornalistas. "Vai ser um quebra-queixo especial, mas só vou responder quatro perguntas", disse, a presidente, em tom de brincadeira.

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