Durante reunião de líderes partidários nesta terça-feira (23), o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), decidiu marcar para 7 de abril a votação do projeto "ficha suja" no plenário da Casa. A matéria pretende vetar candidatos que tenham condenações judiciais por decisão de um colegiado, e não por um único juiz.
A definição da data da análise da matéria era uma reivindicação de integrantes de movimento sociais e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e provocou desentendimento entre os partidos que divergiram sobre o inclusão do projeto na pauta.
A versão final do projeto foi elaborada pelo relator da matéria, Índio Costa (DEM-RJ), e entregue a Temer no dia 17 de março. O texto original deixava inelegível qualquer candidato condenado em primeira instância. Já o texto final especifica que a inelegibilidade decorrerá da condenação firmada por um colegiado.
O objetivo da mudança, conforme o relator, é evitar perseguições políticas. Nesta segunda, Temer avaliava que com "um certo consenso" a matéria poderia ser enviada ao plenário na semana depois da Páscoa. "Com o apoio dos líderes, o projeto pode ser aprovado, o texto melhorou bastante", afirmou.
Fora do Congresso, intensificou-se o trabalho do Movimento de Combate à Corrupção para impedir ou tirar da vida pública os candidatos ficha suja. Além da entrega de mais 77 mil assinaturas para se juntar ao 1,5 milhão que embasam o projeto de iniciativa popular, uma série de eventos tem sido desenvolvida em todo o país.
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