• Carregando...
Temer: jantar com  senadores do PMDB e elogios a Renan Calheiros. | Clauber Cleber Caetano/PR
Temer: jantar com senadores do PMDB e elogios a Renan Calheiros.| Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Michel Temer pretende acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja levantado o sigilo da segunda lista do Janot. O presidente comunicou essa intenção na noite de quarta-feira (15), durante jantar realizado com integrantes da bancada do PMDB do Senado. A atuação da AGU neste caso seria restrita aos integrantes do governo federal.

Janot quer investigar jantar oferecido por Temer a executivos da Odebrecht

Procurador-Geral da República enviou ao STF mais 83 pedidos de abertura de inquérito na última terça-feira

Leia a matéria completa

A ideia, segundo alguns dos presentes no encontro, seria tentar evitar que ocorram vazamentos seletivos e graduais e, por consequência, o desgaste de integrantes da cúpula do governo. A reunião com os peemedebistas ocorreu um dia após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar ao STF nova lista com nomes que deverão ser investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

Presença na lista de Janot pode colocar Richa na mira do STJ pela 2ª vez

Janot pediu para investigar ao menos seis titulares dos 29 ministérios do governo de Michel Temer (PMDB): Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

No jantar, realizado no Palácio do Alvorada, o surgimento de novos nomes na lista também foi comentado entre os senadores. O que mais surpreendeu foi o envolvimento de Lídice da Mata (PSB-BA) na investigação.

O encontro também serviu para que Temer fizesse afagos ao líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros (AL). No discurso feito durante o brinde, o presidente lembrou da votação realizada no fim do ano passado da chamada PEC do Teto, que estabeleceu um limite para os gastos públicos. Ao falar da votação, Temer elogiou a condução de Renan do processo, que teria ficado até a madrugada no plenário para garantir a aprovação da proposta.

Um dia após envio de lista ao STF, parlamentares adotam a linha “vida que segue”

Os afagos ocorreram uma semana após Renan vir a público para criticar o que chamou de “tomada do governo” por parte do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba na Operação Lava Jato. As críticas do senador ocorreram após Temer indicar parlamentares próximos a Cunha para cargos estratégicos no governo e no Congresso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]