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É correta a afirmação de que o PMDB não tem dono. Nem coronéis. Por isso, suas decisões são baseadas no voto. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
É correta a afirmação de que o PMDB não tem dono. Nem coronéis. Por isso, suas decisões são baseadas no voto.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, rebateu nesta quarta-feira, 16, as críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que classificou como um “horror” e um “retrocesso democrático” a resolução aprovada hoje pela Executiva Nacional determinando que todas as filiações de deputados terão de passar pelo aval do comando da sigla.

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Renan disse que Temer tem, como presidente do partido, culpa neste processo que aumentará a divisão da bancada. “É correta a afirmação de que o PMDB não tem dono. Nem coronéis. Por isso, suas decisões são baseadas no voto. O resultado apurado na reunião de hoje da Executiva foi de 15 votos a favor da resolução e dois contrários, resultado revelador de ampla maioria. Decisão, portanto, democrática e legítima”, afirmou o vice-presidente, em nota.

Michel Temer destacou que a Comissão da Executiva Nacional do partido é o órgão colegiado com plena competência para tomar decisões que preservem o “partido de manobras e artimanhas que quebrem artificialmente a vontade expressa legitimamente pelas suas instâncias internas”.

“Neste momento, os disputantes da Liderança na Câmara dos Deputados buscavam filiar deputados transitórios apenas para assinarem lista de apoio. Isto fragilizaria o PMDB. Por isso, a decisão da Executiva de evitar tais procedimentos”, disse Temer, referindo-se à disputa entre o atual líder, Leonardo Quintão (MG), e o destituído, Leonardo Picciani (RJ).

Assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do PMDB articulou a derrubada de Picciani do cargo. O ex-líder dos peemedebistas havia indicado somente deputados pró-governo na comissão especial da Câmara que discutiria o impeachment.

Contudo, uma ação de bastidores de Cunha e Temer levou à aprovação de uma chapa avulsa com deputados mais favoráveis ao impedimento de Dilma e também para retirar Picciani da liderança. Na nota, Temer rebateu a ironia feita por Renan de que o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães (PMDB) estaria tremendo na cova pela decisão de submeter novas filiações à cúpula do partido.

“O deputado Ulysses Guimarães foi a maior liderança do PMDB. Qualquer jovem peemedebista sabe que seu desaparecimento se deu em um acidente em Angra dos Reis, em 1992. Seu corpo repousa no fundo do mar e devemos manter o respeito à sua história e sua memória, sem evocar seu nome em discussões que em nada enobrecem seu exemplo de retidão, honestidade e decência para todo o PMDB”, cutucou.

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