O presidente da Câmara dos Deputados e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), embarcará amanhã para Buenos Aires, capital argentina, onde participa do 6º Foro Iberoamericano de parlamentares. Em um primeiro gesto para construir um entendimento entre PMDB e PT, que travam acirrada disputa pela presidência da Casa, ele convidou os dois principais postulantes ao cargo para acompanhá-lo: o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, e o líder do governo, Candido Vaccarezza (PT).

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O deputado Henrique Alves manifestou sua disposição para que haja um entendimento entre os dois partidos. Ele observou que, antes, espera do PT a definição do candidato oficial da sigla. Além de Vaccarezza, mais três petistas reivindicam, nos bastidores, a candidatura à presidência da Câmara: o atual vice-presidente, Marco Maia (RS), e os ex-presidentes Arlindo Chinaglia (SP) e João Paulo Cunha (SP).

Após a indicação do candidato petista, Alves pondera que caberá a cada um dos postulantes exercitar o seu "poder de convencimento", justificando porque pretende governar a Casa no primeiro biênio. No 11º mandato, Alves invoca sua "experiência parlamentar" para dirigir a Câmara num "período conturbado", em que prevê a retomada das discussões sobre as reformas política e tributária. Mas se o impasse persistir, ele afirma que delegará a palavra final ao presidente nacional do PMDB, Michel Temer.

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Temer firmou um acordo com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, para que os dois partidos - que elegeram as maiores bancadas - dividam o comando da Câmara na próxima legislatura (2011-2014), cabendo um biênio a cada um. O problema é que nem PT nem PMDB abrem mão de assumir a cadeira no primeiro biênio, a partir de fevereiro de 2011.