Possíveis arranjos

Veja como cada partido está se preparando para a batalha de outubro:

• Beto Richa (PSDB)

Na tentativa de reeleição do governador, já está garantido o apoio do Democratas. O PSB só teve conversas com o grupo tucano e afirma que amanhã dará resposta definitiva. O PP ainda não formalizou, mas adianta que as conversas para apoiar a reeleição estão bem consolidadas. O Solidariedade aponta que há divergências dentro do partido, mas a direção tenta se aproximar de Richa. O PPS diz que a escolha do partido no Paraná vai depender da executiva nacional.

• Gleisi Hoffmann (PT)

Enio Verri, presidente do PT no Paraná, conta que o partido está conversando com todas as siglas que fazem parte da base de apoio de Dilma Rousseff. "Só teremos uma resposta mais concreta em junho, mas temos um diálogo avançado com o PDT. Tentamos ainda aproximação com PSD, Pros e outros", diz. O PDT confirma a aproximação e deve pleitear a indicação do candidato ao Senado.

• Bernardo Pilotto (PSol)

O partido garante que terá candidato próprio e busca o apoio do PCB.

• Silvio Barros (PHS)

Barros é pré-candidato a governador e o partido busca apoio de vários partidos, inclusive do PSD. Outras siglas que são cotadas para se unir a eles são PSDC, Solidariedade, Pros e PPS. "Até a primeira quinzena de junho não temos como consolidar, mas estamos nessa tentativa", aponta o presidente da sigla, Valter Viana • Joel Malucelli (PSD)

O PSD está tentando viabilizar a candidatura própria, pois imagina ter chances de ser uma "terceira via" no caso de a eleição ficar polarizada entre Beto Richa e Gleisi Hoffmann. Caso o PMDB indique candidato próprio, o cenário fica mais complexo para o PSD, que teria que se unir a outra força.

• Rosane Ferreira (PV)

O partido afirma ter chapa completa para as eleições majoritárias e proporcionais. No entanto, a presidente da sigla e pré candidata, Rosane Ferreira, não descarta apoio de PEN e PPL. Ainda há possibilidade de compor com o PMDB caso Requião seja candidato. "Tive longas conversas com gente do entorno do Requião. Não existe um convite oficial, mas não estamos fechados para negociações", afirma.

• Rodrigo Tomasini (PSTU)

O pré-candidato do PSTU foi anunciado em janeiro deste ano. Na época, o partido dizia que poderia buscar apoio do PCB.

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Em um gesto político que representa a tentativa de harmonia no PMDB do Paraná, Michel Temer – presidente da sigla e vice-presidente República – vai reunir o senador Roberto Requião e o ex-governador Orlando Pessuti na mesma sala. O partido indica que a reunião com os correligionários já foi aceita por ambos e deve acontecer na próxima terça ou quarta-feira. Na pauta, a tentativa de um acordo entre os dois possíveis pré-candidatos ao governo do estado para que o PMDB tenha um concorrente próprio.

A executiva nacional do partido tem interesse no estado e tenta unir as duas alas divergentes. A costura entre Requião e Pessuti está sendo feita por Rodrigo Rocha Loures, que é o único integrante do Paraná na executiva nacional do PMDB. Ele, que milita pela candidatura própria, afirma que tem "lugar para todo mundo" na composição de uma chapa pura.

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"A candidatura própria é muito desejada. Queremos que os dois se reúnam, tenham uma conversa e encontrem uma fórmula para a composição da chapa", afirma Loures, que diz que a executiva nacional não vai dar direcionamento sobre quem deve tentar o cargo de governador.

A decisão do PMDB sobre qual caminho tomar nas eleições de outubro serão definidoras do pleito porque criam a possibilidade do segundo turno. Os delegados do partido estão divididos: há quem queria apoiar a reeleição de Beto Richa; outro grupo é favorável à candidatura própria, mas aí haveria uma disputa entre Requião e Pessuti. A convenção estadual do PMDB está marcada para 20 de junho.

Reta final

O Paraná já tem cinco pré-candidatos ao governo, mas o quadro para as eleições de outubro ainda está confuso. Por ora, Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT), Silvio Barros (PHS), Rodrigo Tomazini (PSTU) e Bernardo Pilotto (PSol) já definiram que serão candidatos. Rosane Ferreira (PV) e Joel Malucelli (PSD) lutam por apoio para a candidatura própria.

No time dos indecisos há partidos que servirão de apoio, mas que ainda não estão certo do que fazer. A maior parte dos presidentes de partidos prefere não ser taxativa com relação ao que o grupo quer e argumentam que ainda há tempo para discussões sobre cargos e apoio. Pela legislação eleitoral, os partidos têm de decidir o posicionamento entre os dias 10 e 30 de junho.

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