O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, se reuniu nesta quinta-feira (25) com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, e pediu a liberação de mais R$ 1 bilhão para fechar as contas de sua pasta neste ano. Segundo ele, os valores são necessários para fazer o pagamento de medicamentos de alto custo e procedimentos de média e alta complexidade.
"Estamos fechando o orçamento de 2010. A reunião não foi totalmente conclusiva, mas a questão está bem encaminhada. Vai sair [o recurso pedido]. Alguns créditos estão no Congresso aguardando votação", declarou Temporão a jornalistas após o encontro.
Questionado sobre a orientação da presidente eleita, Dilma Rousseff, de tentar cortar gastos públicos em 2011, Temporão afirmou que essa é missão do Ministério no "dia a dia". "A maior parte dos gastos de custeio são transferências a estados e municípios, mas é sempre possível fazer melhor, como disse a nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A postura do novo governo é adequada", disse, acrescentando que não conversou com a presidente eleita nas últimas semanas. Ele lembrou, porém, que a sociedade brasileira tem cobrado melhoria nos serviços de Saúde.
Sobre o retorno da Contribuição
Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), com o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS), que Temporão defendeu fortemente no passado e perdeu a batalha no Congresso Nacional em 2007, ele afirmou que isso compete ao Legislativo e ao novo Ministério debater. "Não vou entrar nessa questão", afirmou. Interpelado se seria possível passar um novo tributo para a Saúde, em face ao forte crescimento da arrecadação, ele respondeu: "Porque não?".