O governador Beto Richa (PSDB) comentou nesta quarta-feira (7) o envio das peças da investigação da Operação Publicano para a Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília. Richa disse estar tranquilo em relação às investigações. “Eu tenho acompanhado com absoluta tranquilidade e, acima de tudo, absoluta crença na Justiça. Todos nós, homens públicos, estamos sujeitos a denúncias, acusações indevidas, acusações levianas”, disse o governador.
O nome de Richa aparece nos depoimentos em regime de colaboração premiada de Luiz Antônio de Souza, que disse ao Gaeco que parte da propina obtida no esquema da Receita Estadual se destinava à campanha eleitoral de Beto Richa, nas eleições do ano passado.
O governador destacou as medidas anunciadas para o combate à corrupção no órgão. “Até demos demonstração da preocupação desse governo em pôr um fim ou amenizar significativamente ações de corrupção em qualquer esfera do governo, e na Receita em especial, onde apresentamos um pacote de medidas muito duras e sanções e punições das mais severas para que isso não ocorra mais no estado do Paraná”, disse Richa.
As medidas, propostas em julho, dão maiores poderes ao secretário da Fazenda sobre a Receita Estadual. O ocupante do posto poderá, por exemplo, afastar qualquer auditor sob investigação e passará a julgar a conduta dos profissionais. O projeto também prevê a extinção do Conselho Superior dos Auditores Fiscais (CSAF) – que passará as funções à Corregedoria-Geral – e a possibilidade de profissionais recém-contratados ocupem cargos de chefia, além da renovação dos cargos de comando da Receita.
O pacote ainda precisa ver votado na Assembleia Legislativa do Paraná.
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