O ministro do STF Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (23) que tem “toda a confiança” no sistema de votação eletrônico em uso no Brasil e que não acredita que houve fraude nas eleições presidenciais de 2014, como alegam alguns dos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ele não endossou, porém, a críticas de seu colega ministro Dias Toffoli, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de que a recém aprovada volta do voto impresso seja um “retrocesso”. Segundo Mendes, apesar de não limitar a possibilidade de fraude nas eleições, a ideia do voto impresso ganhou força porque há uma desconfiança por parte do público no sistema eleitoral, que precisa que ser eliminada.
“Não vejo nem com bons nem com maus olhos [a volta do voto impresso]. Mas precisamos tornar transparentes nossos sistemas de verificação, aumentar as verificações paralelas, para que o usuário saiba que não há a possibilidade de manipulação”, afirmou.
A volta do voto impresso faz parte da minirreforma eleitoral aprovada no Congresso e havia sido vetada pela presidente Dilma Rousseff, sob alegação que era inconstitucional. Na última semana, porém, o Congresso derrubou o veto.
Segundo o ministro Dias Toffoli, a implementação do mecanismo vai gerar um custo adicional de R$ 1,8 bilhão ao processo eleitoral.
Para Gilmar Mendes, o TSE, do qual é vice-presidente, contribuiu para as “lendas urbanas” de que as urnas eletrônicas favorecem fraudes ao atrasar a divulgação da apuração das votação por conta do diferente fuso horário no Estado do Acre. “Eu já disse isso, mas nós erramos ao divulgar a apuração dos votos nas eleições presidenciais só depois que as urnas do Acre se fecharam. Do jeito que foi feito, pareceu que houve uma ‘virada de jogo’ [a favor de Dilma] no meio da apuração, o que não aconteceu.”
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