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Pessuti e Requião: ex-aliados, os dois estão brigados | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Pessuti e Requião: ex-aliados, os dois estão brigados| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Insatisfação

Peemedebistas de três estados criticam parceria com o PT

Das agências

Embora a executiva nacional do PMDB defenda a manutenção da aliança com o PT para reeleger a presidente Dilma Rousseff, peemedebistas de pelo menos três estados – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará – criticaram ontem a parceria com os petistas. Já Michel Temer reafirmou o interesse em concorrer novamente a vice na chapa de Dilma.

Integrantes da executiva nacional do PMDB tentaram reunir o senador Roberto Requião e o ex-governador Orlando Pessuti para negociar uma chapa para concorrer ao governo do Paraná em outubro. No entanto, o encontro, que estava marcado para ontem, não ocorreu. A possibilidade de uma conversa entre os dois ainda está em aberto.

A executiva nacional ainda vai tentar uma aproximação entre os dois, brigados des­­de que Pessuti, então vice de Requião, assumiu o governo paranaense em 2010. Naquele ano, Requião renunciou ao cargo de governador para concorrer ao Senado.

O objetivo dos dirigentes nacionais do partido é fortalecer a tese da candidatura própria do PMDB ao governo paranaense, chegando a um consenso antes da convenção. A ala do PMDB ligada aos deputados estaduais tende a apoiar a candidatura de reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Nesse caso, o PMDB não lançaria candidato e indicaria o vice de Richa.

Sem bate-chapa

"Prosseguimos tentando esse acordo [entre Requião e Pessuti], que seria oportuno. Também vamos falar com os apoiadores de ambos", disse Rodrigo Rocha Loures, paranaense que integra a executiva nacional da sigla. O PMDB quer evitar que um bate-chapa dentro do partido nas convenções enfraqueça a candidatura própria. "Se essa possibilidade sair vencedora, teremos de costurar os outros grupos [do pré-candidato que perder e dos apoiadores de Richa] e isso consome o tempo e a energia do partido", disse.

Se não houver um acordo prévio entre Requião e Pessuti, a decisão sobre o rumo do PMDB paranaense ficará para a convenção do partido, que está marcada para 20 de junho.

Requião, que passou a tarde em uma reunião nacional do PMDB, não foi encontrado para comentar sobre a possibilidade de negociar com Pessuti para evitar o bate-chapa. Já Pessuti disse que o encontro entre eles está sendo cogitado pela executiva nacional desde abril, mas o convite oficial só foi feito na semana passada. "Mas para mim, por enquanto, não existe condição para ter essa conversa. Pode até ser que aconteça, mas não tem nada marcado", afirmou. Ele disse ainda que, por ora, não abre mão de ser candidato ao governo. "Não existe condição atualmente. Mas, quem sabe, na convenção nacional do partido, quando eu, o senador e Temer estivermos em Brasília, essa conversa possa acontecer", disse.

Nacional

Em encontro da tarde de ontem, líderes do PMDB definiram a pré-candidatura da sigla a governador em 19 estados. A situação do Paraná ainda está em aberto. Nacionalmente, a conclusão é que o PMDB vai apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT).

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