O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), sancionou a lei número 7.229, de 2010, publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial do Estado, reajustando em 135% os salários dos secretários do governo estadual. O aumento vai beneficiar todos os integrantes do 1º escalão que assumem a partir de 1º de janeiro de 2011. De acordo com a lei, os vencimentos dos secretários passarão de R$ 6,5 mil para R$ 15,3 mil mensais.

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A lei também diz que é vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou qualquer outra espécie remuneratória ao valor do subsídio. A única exceção será para o pagamento do 13º salário.

Os secretários adjuntos, diretores de órgãos e autarquias estaduais ficaram de fora do reajuste e já teriam manifestado a insatisfação de permanecer com o mesmo salário de R$ 5 mil, diante dos R$ R$ 15,3 mil que serão pagos aos membros do 1º escalão do Executivo.

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A proposta de reajuste salarial dos secretários foi de iniciativa do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Alberto Sextafeira (PSB). Ele protocolou o projeto de lei no dia 21 e ouviu críticas da oposição, mas não recuou. Apesar disso, na sessão de anteontem, 23 deputados estaduais votaram favoravelmente ao projeto de lei. Apenas os deputados Paulo Fernando dos Santos (Paulão) e Judson Cabral, ambos do PT, votaram contra o reajuste.

Apesar de ter sancionado a lei, o governador tucano não se posicionou publicamente sobre o aumento que dará à sua própria equipe. Com o reajuste, os salários dos secretários de Alagoas ficaram maiores do que os vencimentos dos secretários de Estados mais ricos, como Rio de Janeiro e São Paulo, que atualmente recebem salários em torno de R$ 10 mil e passarão a ganhar entre R$ 12,9 mil e R$ 14,9 mil mensais, a partir de janeiro.