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A votação para a escolha do novo prefeito de Magé, na Baixada Fluminense, terminou logo após às 17 horas deste domingo (31). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que já começou a apuração de resultados da eleição.

Os eleitores voltaram às urnas por causa da cassação dos candidatos eleitos em 2008, a prefeita Núbia Cozzolino (PMDB) e o vice Rozan Gomes da Silva (PSL). Eles perderam o mandato por abuso de poder político, econômico e utilização indevida de meios de comunicação.

Logo após o início da votação surgiram denúncias de suspeita de boca de urna. De acordo com o fiscal Walter Barbosa, o prefeito em exercício, Anderson Cozzolino, que é irmão da prefeita cassada, foi flagrado duas vezes em uma seção de votação, mesmo após já ter votado. Ele teria tentando intimidar eleitores na maior zona eleitoral da cidade, que fica no Colégio estadual José Veríssimo.

O presidente do TRE, desembargador Luiz Zveiter, determinou a saída de Anderson Cozzolino do colégio, após ser informado que ele havia retornado pela quarta vez ao local de votação, segundo o TRE.

Os fiscais do colégio que reúne mais de sete mil eleitores pediram à polícia para fazer rondas no entorno porque a todo instante recebem denúndicas de boca de urna. A movimentação nas zonas eleitorais é normal e sem filas.

3 detidos e 5 urnas trocadas

Uma pessoa foi detida em Santo Aleixo por circular com um carro de som. O veículo foi apreendido. Um homem que fazia boca de urna em Suruí também foi detido. Eles assinaram termo de compromisso e foram liberados.

O terceiro detido foi o ex-chefe da Guarda Municipal de Magé, que é policial militar em processo de se aposentar, também por boca de urna. Ele foi levado para o 34º BPM. O policial foi exonerado do cargo de chefe da Guarda Municipal há 30 dias para participar da campanha de apoio a um candidato.

De acordo com o juiz eleitoral Orlando Feitosa, não foi permitido nenhum tipo de propaganda no domingo. Só foi autorizada a manifestação individual do eleitor com broches, adesivos e bandeiras. Os locais de votação ficaram abertos das 8h às 17h. Cinco urnas eletrônicas apresentaram problema e foram trocadas.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), estavam aptos a votar os eleitores inscritos em Magé até o dia 17 de fevereiro. Houve seis chapas inscritas para a disputa da prefeitura da cidade.

Forte esquema de segurançaDurante mais de um mês fiscais do TRE recolheram propaganda irregular de candidatos e reprimiram crimes eleitorais no município.

Foi montado um esquema especial de segurança que vai contar com oito equipes da Polícia Rodoviária Federal que farão blitzes, 40 policiais federais e 120 homens da Polícia Civil nas ruas. Além de cerca de 530 policiais militares, inclusive do Batalhão de Operações Especiais (Bope), estarão a postos. A segurança será reforçada, ainda, com dois helicópteros. A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha está na cidade para acompanhar a eleição.

O presidente do TRE, desembargador Luiz Zveiter, afirmou, neste domingo, que a "eleição está dentro do previsto. O que está acontecendo (pessoas detidas) são fatos isolados. E esse policiamento é um diferencial para mostrar que é possível fazer uma eleição de forma tranquila e democrática".

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