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Encerrada sua entrevista, Antônio Palocci conversou por telefone com Geraldo Alckmin. O ministro da Fazenda perguntou ao governador paulista se havia sido suficientemente claro e abrangente em suas explicações.

Termômetro 2 – Além de trocarem impressões sobre a crise e a entrevista em si, o petista e o tucano discutiram a necessidade de dar prosseguimento às investigações da polícia e do Ministério Público "dentro da legalidade". Ao menos no telefone, manifestaram concordância nesse aspecto.

Platéia VIP – Na ante-sala do gabinete de Palocci, acompanharam a entrevista pela tevê o número 2 da Fazenda, Murilo Portugal, o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, e a assessora presidencial Clara Ant.

Planetas distintos – A equipe de comunicação do Palácio do Planalto teve participação zero na entrevista coletiva de Palocci, considerada bem-sucedida até por personagens que defendem a saída do ministro.

Infecção generalizada – A entrevista de Palocci conteve a escalada da febre iniciada na sexta-feira. Mas Rogério Buratti é hoje, na definição de um governista, "um vagão desgovernado". E não é o único.

Castelo de cartas – Depois do tiro que atingiu Palocci, um membro da CPI dos Correios resolveu transformar antiga canção de Ivan Lins em hino do governo Lula: "Cai o rei de espadas, cai o rei de ouros, cai o rei de paus, cai, não fica nada".

Porta da rua – Do deputado Campos Machado, líder do PTB-SP, sobre o ministro Mares Guia (Turismo), que já comunicou a Roberto Jefferson sua intenção de ficar com Lula, caso tenha de escolher entre o governo e a sigla: "Se disse isso, o melhor a fazer é deixar imediatamente o partido".

Front desprotegido 1 – Além de atingir Palocci, a entrada em cena de Rogério Buratti vai turbinar a CPI que o governo menos controla: a dos Bingos. Lá, à diferença do que ocorre nas comissões dos Correios e do Mensalão, nenhum requerimento da oposição é rejeitado.

Front desprotegido 2 – A convocação de Palocci à CPI dos Bingos, para tratar do caso GTech-Buratti-Waldomiro, só não vingou até hoje por ação direta (embora discreta) da oposição. Os governistas não moveram palha para evitá-la.

Comeu bola – A CPI dos Correios ainda não emitiu ofício para que o Banrisul apresente informações sobre as remessas para o Uruguai feitas por meio do banco pela empresa Guaranhuns, uma das receptoras de dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Passo de tartaruga – Já os sigilos da corretora Bônus-Banval foram quebrados, mas as informações ainda não chegaram à CPI. Nesta semana, os parlamentares devem oficiar os bancos para pedir urgência na remessa de documentos.

Tempo de antena – Presidentes das três CPIs disputam, além de assuntos e depoentes, o direito de ter as sessões transmitidas ao vivo. Na semana passada, Efraim Moraes (PFL-PB) reclamou com a direção da tevê Senado: "sua" comissão raramente vai ao ar.

Por último – O requerimento para rastrear as operações da off-shore Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça, continua no fim da fila da CPI dos Correios.

Auxílio externo – César Borges (PFL-BA) apresentará proposição para que a Interpol seja acionada a ajudar na busca de informações sobre a movimentação de Duda. "Sem isso, não teremos meio de investigar nada", diz o senador.

Tiroteio

* Do líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), sobre o freio da oposição no que diz respeito ao ministro da Fazenda:

– Convocar Palocci à CPI dos Bingos neste momento equivale a pedir impeachment-já. O governo viraria um morto-vivo.

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