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Centralização -Embora avalie que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (foto), foi importante para sustentar a política de combate à inflação do governo Lula, a presidente eleita Dilma Rousseff tende a não aproveitá-lo no posto. É  praticamente certo que Dilma vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo, com foco na redução nas taxas de juros. A ideia é mostrar que, ao contrário de Lula, ela terá o controle de todos os setores do governo, a começar pela economia | Antonio Cruz/ABr
Centralização -Embora avalie que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (foto), foi importante para sustentar a política de combate à inflação do governo Lula, a presidente eleita Dilma Rousseff tende a não aproveitá-lo no posto. É praticamente certo que Dilma vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo, com foco na redução nas taxas de juros. A ideia é mostrar que, ao contrário de Lula, ela terá o controle de todos os setores do governo, a começar pela economia| Foto: Antonio Cruz/ABr

O primeiro teste sobre a disposição da presidente eleita, Dilma Rousseff, de promover o ajuste fiscal defendido por integrantes do governo e da equipe de transição ocorrerá nesta semana: a reunião com as centrais sindicais sobre o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias acima do mínimo. Esses são os dois itens que mais pesam nos gastos do governo federal, sem contar os juros da dívida pública. O assunto será discutido pelos representantes dos trabalhadores, do atual governo e da equipe de transição. Se quiser mesmo segurar o crescimento dos gastos, ela terá de conter o ímpeto dos sindicalistas. Para cada R$ 1 a mais que for concedido ao salário mínimo, as despesas do governo federal com o pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais vinculados ao piso nacional aumentarão em R$ 286,4 milhões, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.

Aliás...

Se fosse implementada a promessa do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de elevar o mínimo a R$ 600, o gasto adicional seria de R$ 17,7 bilhões. É dinheiro suficiente para pagar 15 meses do Bolsa Família.

Sem votação

A Câmara dos Deputados encerrou sexta-feira a primeira semana de trabalho depois das eleições, iniciada quarta-feira, com o cancelamento da sessão plenária que deveria ter sido realizada às 9 horas, por falta de quórum, tal como ocorreu nos três dias anteriores. Assim, a Câmara continua com a pauta trancada por 11 medidas provisórias que não foram votadas antes do recesso provocado pelas eleições. Sem deliberar sobre essas medidas provisórias, nada pode ser votado pelo plenário, e essa será a preocupação da Mesa e dos líderes partidários a partir de terça-feira, quando está marcada a próxima sessão de votação.

O retorno

Oito anos após haver comandado a histórica transição entre as administrações de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Antonio Palocci volta hoje ao mesmo prédio, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), para iniciar a passagem entre os governos de Lula e Dilma Rousseff. Ele recebe o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, encarregado de pilotar as discussões técnicas da transição pelo lado do governo.

Nova eleição

O PT e o PMDB vão protocolar no TRE do Pará pedido de novas eleições para o cargo de senador no estado. Para os partidos, mais da metade dos votos (57%) foram considerados nulos no primeiro turno, em consequência da cassação das candidaturas de Jader Barbalho (PMDB) e de Paulo Rocha (PT), motivo suficiente para convocar um novo pleito.

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Pinga-fogo

"Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso."

Aécio Neves, do senador eleito (PSDB-MG), ao comentar as especulações de que haveria uma articulação entre PSDB e DEM e com o apoio informal de setores do PSB e do PP em prol da sua candidatura.

Colaborou Cristina Rios.

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