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A diretora comercial da Gautama, Maria de Fátia Palmeira, apontada como uma das peças fundamentais do esquema desvendado pela Operação Navalha da Polícia Federal, já está sendo ouvida pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Maria de Fátima é a terceira interrogada do dia. Mais cedo, foram ouvidos Rosevaldo Pereira Melo, lobista da empresa, e Vicente Vasconcelos, diretor da Gautama no Maranhão.Vasconcelos não foi solto pela ministra, como aconteceu com quase todos os envolvidos no esquema, já que teria dado informações contraditórias. Ele continua preso na carceragem da Polícia Federal.

Os sobrinhos do governador do Maranhão, Jackson Lago, que tinham se recusado a prestar depoimento à ministra Eliana Calmon, foram soltos nesta sexta, depois de conseguirem habeas corpus, expedidos pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Junior foram presos na semana passada por suspeita de recebimento de propina da Gautama.

Também foi beneficiado com habeas corpus a Rosevaldo Pereira Melo, lobista da Gautama. Com os três novos habeas corpus, apenas 10 das 48 pessoas que tiveram a prisão decretada duante a Operação Navalham continuam presas.

Francisco recusou-se a prestar depoimento na manhã desta quinta-feira; Alexandre já havia se negado a falar na quarta-feira. Ambos tinham sido levados de volta à carceragem da Polícia Federal em Brasília, antes de obterem os habeas corpus.

O advogado dos dois, Inácio Bento de Loyola Alencastro, afirmou que a atitude dos sobrinhos de Lago é uma "prática comum", e que a Constituição Federal garante a eles o direito de permanecer em silêncio. Alencastro ainda argumentou que não teve acesso a todas as informações sobre a investigação e, por isso, achou melhor aconselhar seus clientes a não prestarem depoimento. O advogado disse que os sobrinhos de Lago pretendem colaborar "no momento oportuno".

- Não conheço todos os termos das investigações. A Constituição garante que eles não se manifestem ainda. Causa espanto o STJ mantê-los presos por isso - disse.

A ministra Eliana Calmon continua ouvindo os suspeitos. Nesta sexta de manhã, Rosevaldo Pereira prestou depoimento à ministra . Neste momento está depondo Vicente Vasconcelos Coni, diretor da construtora no Maranhão. Devem depor ainda Maria de Fátima Palmeira (diretora comercial), Abelardo Sampaio (diretor), Gil Jacó Carvalho Santos (diretor financeiro), Dimas Veras (irmão de Zuleido).

Nesta quinta, Eliana Calmon ouviu o depoimento de cinco suspeitos de integrar o esquema: Sebastião José Pinheiro Franco, fiscal de obras do Maranhão, e quatro funcionários da Gautama: Humberto Rios de Oliveira, Florêncio Brito Vieira, Ricardo Magalhães da Silva e Bolívar Ribeiro Saback.

Zuleido será ouvido sábado

No último dia, sábado, será a vez de ouvir o todo poderoso Zuleido Veras, dono da Gautama e apontado como principal articular do esquema milionário. Depois dele, serão ouvidos Rodolpho Veras (filho do empresário), Tereza Freire Lima (funcionária) e Henrique Garcia de Araújo (administrador de uma fazenda do grupo).

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