• Carregando...

BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou nesta quarta-feira que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, responderá na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado a todas as acusações que estão sendo divulgadas contra ele. Segundo Bastos, Palocci responderá satisfatoriamente aos senadores, como fez na entrevista coletiva concedida logo após o surgimento das denúncias sobre o suposto mensalão de R$ 50 mil na prefeitura de Ribeirão Preto quando ele era prefeito da cidade.

- Acredito que ele vai repetir a performance que teve na entrevista coletiva. Ele vai mostrar que esse silêncio era apenas um momento tático. Vai mostrar que pode explicar cada uma das acusações, se é que se faz alguma acusação pessoalmente contra ele - disse Bastos, depois de participar de uma solenidade de entrega de medalhas na Polícia Federal.

Thomaz Bastos disse ainda que a política econômica traçada por Palocci a partir de uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está dando bons resultados e não há motivo para a saída do ministro da Fazenda. Para Thomaz Bastos, a política econômica dos últimos três anos colocou o país na rota do crescimento sustentado. O ministro disse ainda que todos os indicadores são favoráveis, que a inflação está sob controle e que nunca se gerou tanto emprego como agora.

- Veja como nós pegamos o Brasil em 2002 e o Brasil como está hoje - afirmou.

O ministro também minimizou a crise política. Segundo ele, muitas denúncias estão sendo feitas com propósitos eleitorais.

- O que há em grande parte é uma disputa política. A eleição de 2006 foi antecipada em alguns arraiais políticos brasileiros - disse.

Bastos tem dito em conversas reservadas que algumas pessoas estão mais preocupadas em fazer denúncias que atinjam o governo do que apurar as supostas irregularidades. Para o ministro, estaria havendo um festival da denúncia pela denúncia. Ele reconhece, no entanto, que algumas acusações são graves e estão sendo investigadas por três CPIs, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]