O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, foi diplomado na manhã de ontem na Assembleia Legislativa de São Paulo, ovacionado pela plateia. Eleito com o maior número de votos no país, Tiririca foi o primeiro a receber o diploma. Já o deputado federal reeleito Paulo Maluf (PP) foi vaiado durante a diplomação, mas não se abateu e ainda acenou e posou para fotos.Novatos como a deputada estadual eleita e cantora Leci Brandão (PCdoB) e os deputados federais eleitos Protógenes Queiroz (PCdoB) e Bruna Furlan (PSDB) foram alguns dos mais aplaudidos na cerimônia. Protógenes pegou o diploma sob os gritos "Prende o Maluf!".
Entre os apoiadores, o ex-prefeito de São Paulo ouviu frases como "É dor de cotovelo" e "Maluf, eu te amo". Ele foi absolvido esta semana no caso Frangogate, pela 7.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por 3 votos a 2. Com a decisão, a candidatura foi assegurada.
Ciganos
Antes da diplomação, Tiririca afirmou que irá trabalhar pelos ciganos e artistas circenses. "Tenho algumas ideias sobre direitos e artistas circenses, dos ciganos, dos artistas em geral."
O novo parlamentar disse ainda que está estudando a Constituição. "Fui a Brasília conhecer os colegas e estamos conversando." Ele disse que suas prioridades serão educação e cultura.
E voltou a dizer que aprovou o aumento salarial para o Legislativo e Executivo. Os vencimentos serão elevados para R$ 26,7 mil. "Tô chegando agora e cheguei em uma hora boa."
Tiririca recebeu do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Walter de Almeida Guilherme, o diploma, ergueu o certificado e cumprimentou os demais diplomados, entre eles o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB). Tiririca deixou a mesa de diplomação exibindo o diploma à plateia. Ele foi mais aplaudido que veteranos federais como Aldo Rebelo (PC do B), Ricardo Berzoini (PT), Vicente Paulo da Silva (PT), Roberto Freire (PPS) e Mendes Thame (PSDB).
"Glorificado"
Paulo Maluf afirmou durante a diplomação que se sente "glorificado" após ser absolvido em ação que o tornou inelegível pela Lei da Ficha Limpa. "Me sinto glorificado porque eu sempre disse que era inocente", disse ele ao chegar para sua diplomação na Assembleia Legislativa de São Paulo.
"Sempre acreditei na Justiça. São 43 anos e meio de vida pública, onde a gente ajudou a construir a democracia neste país com a minha atuação. Eu sempre acreditei na Justiça e a Justiça fez Justiça", reiterou.
Questionado sobre a decisão ter saído às vésperas da diplomação, Maluf disse que o processo é de 1996. "Eu deveria ter sido absolvido em 97."
O político afirmou ainda que sua prioridade será trabalhar como sempre fez. "Eu só sei na minha vida trabalhar, acordar muito cedo e dormir muito tarde, fazer muito e ser sincero nas minhas afirmações."
"A Justiça desse país, graças a Deus, é uma das coisas que funciona bem e com muita coragem."
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