Tiroteio

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O ex-deputado estadual Sâmis da Silva não despertou apenas a ira do PMDB ao deixar o partido e se filiar no PSDB. Primeiro, o presidente do PMDB do Paraná, Waldyr Pugliesi, anunciou que pedirá intervenção no diretório do partido em Foz do Iguaçu, presidido pelo vereador Sérgio Beltrame. Ele sofre ameaça de ser destituído do cargo porque acompanhou a solenidade de filiação de Sâmis da Silva, na segunda-feira, e até posou para fotos ao lado do prefeito Beto Richa (PSDB). Agora é a vez da rebelião no próprio ninho tucano. Um grupo de deputados federais, entre eles, Alfredo Kaefer e Luiz Carlos Hauly, articulam recorrer à Executiva Nacional para desfazer a filiação de Sâmis. O argumento é que o Conselho do PSDB não foi consultado, como deveria ocorrer em casos de filiações de lideranças que já tiveram mandato. Além de deputado, Sâmis já foi prefeito de Foz do Iguaçu.

Futuro

O pai de Sâmis da Silva, o deputado estadual Dobrandino da Silva, disse que como o filho pode ser candidato a deputado estadual, o ingresso no PSDB seria uma forma de facilitar a eleição dele, já que precisaria de menos votos do que no PMDB. A mudança também seria uma estratégia prevendo uma aliança com o PSDB na eleição estadual.

Onda

Se Orlando Pessuti (PMDB) não conseguir viabilizar sua candidatura, Dobrandino da Silva, que já foi presidente estadual do partido defende uma coligação com os tucanos. "Vários setores do PMDB estão trabalhando debaixo das cortinas para uma aliança. A decisão do Sâmis abre as portas para outros que querem entrar no PSDB. Eu faço isso publicamente", disse. O deputado afirmou ainda que Beto Richa só não será governador se não for candidato. "O homem virou uma febre", disse.

Mais

Depois da aquisição de Sâmis da Silva, o presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni decidiu convidar o ex-governador Paulo Pimentel e o neto, Eduardo Pimentel Slaviero, para se filiarem ao PSDB. O ingresso dos dois no partido teria o aval dos presidenciáveis Aécio Neves e José Serra.

Demissões

Um projeto do governador Roberto Requião (PMDB) pode provocar a demissão de centenas de vigilantes que trabalham no Paraná. O alerta foi feito ontem pelo deputado Antonio Belinati (PP). Requião quer colocar policiais militares da reserva remunerada nas repartições públicas, substituindo os vigilantes que trabalham nesses locais.

Abuso

O grande número de reclamações de consumidores da Copel sobre abusos na cobrança de contas vai ser discutido pela Assembleia Legislativa. O deputado estadual Luiz Carlos Martins (PDT) diz que os aumentos chegam a 200% e pediu providências urgentes ao governo para investigar se existem irregularidades na leitura das contas. Martins encaminhou as denúncias à Comissão de Defesa do Consumidor da Casa.

Fani Lerner

O senador Flávio Arns subiu à tribuna do Senado para registrar a perda que o Paraná sofreu com a morte de Fani Lerner. O petista lembrou das ações sociais da ex-primeira-dama, que morreu há uma semana. "O Paraná e especialmente Curitiba, ao mesmo tempo que choram a sua ausência física, sentem-se orgulhosos de terem podido contar como uma de suas filhas a pessoa de Fani Lerner."

De volta à ativa

O deputado Plauto Miró (DEM) apresentou ontem um projeto de lei para a criação da Secretaria Especial de prevenção ao Uso de Drogas. Ele propõe que a secretaria desenvolva um sistema de inteligência para abastecer as polícias Militar, Civil e Federal com estatísticas, dados e demais informações sobre as questões ligadas ao combate às drogas.

Novas propostas

O grupo de vereadores que está na primeira legislatura na Câmara Municipal de Curitiba promove hoje a primeira palestra que integra a proposta de estudos de novas práticas parlamentares. O evento será realizado no auditório do Anexo II, às 9 horas, terá palestra do professor Carlos Luiz Strapazzon com o tema "As Câmaras Municipais e a Constituição Federal".

Pinga-fogo

Alguns deputados estaduais disseram ontem ter ficado constrangidos, ao receber a visita de Gilmar Yared, pai de uma das vítimas do acidente envolvendo o deputado Fernando Ribas Carli Filho. Acompanhado de um fotógrafo, Yared entregava o convite para uma audiência pública sobre o caso, a ser realizada no sábado. E no momento que entregavam o convite, uma foto era tirada. Os parlamentares não gostaram dessa exposição.