O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) manteve a decisão que condenou o senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) a pagar R$ 25 mil de indenização por danos morais ao advogado e ex-secretário de Estado José Cid Campêlo Filho. Assessores jurídicos de Requião já adiantaram que vão recorrer da condenação no Superior Tribunal de Justiça.
Requião foi condenado porque, em abril de 2004, quando era governador, comentou a prisão de Cid Campêlo durante uma cerimônia de assinatura de convênio de transporte escolar com prefeitos do Paraná. "É interessante ver pela primeira vez no Paraná ladrões de dinheiro público na cadeia", disse. Irônico, o governador afirmou aos prefeitos que o PMDB tinha mandado confeccionar um pôster com a imagem do ex-secretário "atrás das grades". "É uma coisa linda de ver", disse na ocasião Requião, segundo o desembargador Ruy Cunha Sobrinho em seu despacho. Campêlo foi preso em 7 abril de 2004 sob acusação de irregularidades financeiras no governo, mas foi solto no mesmo dia.
O processo chegou ao tribunal porque tanto Requião quanto Câmpelo recorreram da decisão de 1.º grau. Campêlo, que foi secretário de Governo na gestão de Jaime Lerner, requereu o aumento do valor da indenização e a condenação do estado do Paraná e de dois jornais de Curitiba que reproduziram a fala de Requião. Já o ex-governador pediu a anulação da condenação.
O TJ rejeitou o recurso de Requião e manteve a indenização por dano moral. Os magistrados ainda acolheram o pedido de Cid Campêlo e condenaram o estado do Paraná a pagar também R$ 25 mil ao advogado. Os dois veículos de comunicação foram inocentados.
Esta é a terceira ação em que Requião é condenado a pagar R$ 25 mil por dano moral a Cid Campêlo. Ainda há uma quarta ação, também por dano moral, tramitando no tribunal.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do senador afirmou que ele não comentaria a ação.
De virose na praia a prejuízos milionários: a corrida dos estados para melhorar o saneamento
“Vendi meu olho”: por que tanta gente está escaneando a íris por dinheiro
Facções criminosas usam artistas do funk para fazer propaganda e recrutar jovens para o crime
Rosângela Moro defende união da direita para fazer frente a Lula e ao PT em 2026
Deixe sua opinião