Atualizado em 11/05/2006 às 19h02
A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta quinta-feira, por unanimidade, pedido de liberdade para Suzane von Richthofen, de 22 anos, feito por meio de hábeas-corpus. Suzane confessou ter participado do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em agosto de 2002.
O Tribunal de Justiça também determinou que sejam encaminhadas à Corregedoria da Polícia Judiciária e ao procurador geral de Justiça as peças do processo sobre o uso de algemas em Suzane no dia em que ela se entregou à Justiça. Os advogados de Suzane consideraram abusivo o uso das algemas e o fato de ela ter permanecido presa à parede no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na ocasião, o DHPP alegou que o procedimento é normal.
Suzane voltou à cadeia no último dia 10 de abril, a pedido do Ministério Público. O juiz Richard Chequini, da1ª Vara do Júri da capital,considerou que a permanência dela fora da prisão representava ameaça ao irmão, Andreas von Richthofen. Os dois brigam na Justiça pela herança dos pais, avaliada em R$ 2 milhões. O juiz considerou ainda que ela poderia fugir.
O pedido do Ministério Público foi feito depois de uma entrevista ao 'Fantástico', na qual ela foi orientada a chorar e se mostrar arrependida. Um microfone aberto flagrou uma orientação para que ela chorasse. Suzane afirmou ao advogado que não conseguiria.
Suzane está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro e o julgamento dela está marcado para 5 de junho., juntamente com os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos.
Daniel e Cristian desferiram os golpes que mataram os pais de Suzane, que estavam dormindo quando foram agredidos. Daniel era namorado de Suzane, que confessou ter planejado o crime e facilitado a entrada dos dois irmãos na casa onde morava. Durante o assassinato, Suzane ficou na biblioteca. Em seguida, ajudou os dois a arrumarem a cena do crime, para que parecesse um assalto.
A farsa foi descoberta depois que Cristian usou dólares levados do cofre do casal Richthofen para comprar uma motocicleta depois do crime.
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