Por cinco votos a um, a Mesa da Câmara decidiu nesta terça-feira encaminhar ao Conselho de Ética todos os processos contra 13 parlamentares citados no relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão, após analisar o parecer da corregedoria que recomenda a abertura de processo disciplinar.
Os 13 deputados citados são: José Janene (PP-PR); Pedro Correia (PP-PE); Pedro Henry (PP-MS); João Magno (PT-MG); João Paulo Cunha (PT-SP); José Borba (PMDB-PR); Josias Gomes da Silva (PT-BA); Paulo Rocha (PT-BA); Professor Luizinho (PT-SP); Vadão Gomes (PP-SP); Vanderval Santos (PL-SP)-; José Mentor (PT-SP) e Roberto Brant (PFL-MG).
Além destes 13, outros três deputados foram citados em relatório das CPIs: José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG). Como os três já têm processo aberto no Conselho de Ética, não tiveram os casos analisados pela corregedoria.
A partir do momento em que os processos são abertos no Conselho de Ética, os parlamentares já não podem mais renunciar sem perda de direitos políticos por oito anos. Se renunciarem antes, ainda podem se candidatar nas eleições do ano que vem.
Os seis deputados do PT ameaçados de perder o mandato se reuniram na segunda-feira para tentar traçar uma estratégia conjunta. Querem que a bancada petista se manifeste publicamente a favor deles.
João Paulo Cunha diz que não renuncia porque é inocente. João Magno também.
- Eu não fiz nenhuma quebra de decoro, por isso eu, sob nenhuma hipótese, vou renunciar - afirmou João Magno.
O discurso dos petistas é repetido pelo líder do PP, José Janene. O deputado Pedro Henry é taxativo:
- Não existe renúncia, não vou renunciar. Vou enfrentar até o último momento.
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