Toffoli vai comandar as eleições presidenciais| Foto: TSE/TV

Ideias

Veja a opinião de Dias Toffoli sobre alguns temas relativos à eleição:

Doação

Toffoli votou contra o financiamento eleitoral por empresas e é favorável à determinação de um teto para gastos com a campanha.

Campanha

O ministro considera que a legislação eleitoral, da forma como está, deixa a disputa engessada. O ideal, para ele, é que não houvesse punição por campanha antecipada, porque isso enfraqueceria o debate político.

Judicialização

Para Toffoli, o Judiciário está assumindo o papel de poder moderador no país e que isso não seria uma invasão de competências.

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O ministro Dias Toffoli, que assumiu ontem a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que sua ligação com o PT é "página virada". Toffoli foi advogado do ex-presidente Lula nas campanhas de 2002 e de 2006 e já defendeu o petista no tribunal.

Segundo o ministro, ter sido advogado do partido não lhe causa constrangimento para comandar uma eleição presidencial. "De maneira nenhuma. Desde minha indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) e minha aprovação no Senado, eu virei a página. Eu hoje sou juiz, desde 2009 eu sou juiz, e meu compromisso é com a Constituição", afirmou Toffoli, em entrevista à rádio CBN, destacando também que teve aprovação de dois terços dos senadores, inclusive da oposição.

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A escolha do presidente do TSE é feita de forma burocrática. Com o fim do mandato do ministro Marco Aurélio Mello, a vaga é dada automaticamente ao ministro mais antigo da corte que ainda não tenha ocupado o cargo.

Na entrevista, Toffoli disse que o TSE vai analisar a prestação de contas dos partidos e que, se houve irregularidade sobre a utilização de verbas do Fundo Partidário para pagar a defesa de réus do mensalão, isso será examinado pelo tribunal.

Presidenciáveis

A posse de Toffoli foi prestigiada pelos três principais pré-candidatos à Presidência: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Perfil

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José Antonio Dias Toffoli tem 46 anos e é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2009. O ministro começou a carreira como advogado na década de 1990, em São Paulo. Ele advogou para a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo. Foi assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, entre 1995 e 2000. Toffoli atuou como advogado do PT nas campanhas eleitorais para presidente em 1998, 2002 e 2006. Depois da eleição de Lula, o ministro ocupou cargo na Casa Civil. Em março de 2007, foi nomeado advogado-geral da União. Trabalhou no órgão até outubro de 2009, quando foi indicado para assumir a vaga de Carlos Alberto Menezes Direito no STF.