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O anúncio de que o PT fará um relatório paralelo na CPI dos Correios reabriu as negociações para definir quem aparecerá no texto final de Osmar Serraglio (PMDB-PR). O limite dos governistas é um só: Lula. ...dá cá – O relator já manifestou disposição de deixar a campanha do presidente em 2002 fora do texto. Mas os tucanos só aceitam a concessão se o senador Eduardo Azeredo (MG) também desaparecer do documento final. Vim para confundir – Enquanto o governo não define um nome para assinar o texto paralelo, caberá a Maurício Rands (PT-PE), agora relator-adjunto, a tarefa de complicar a vida de Osmar Serraglio. Tecnologia nacional 1 – Para deputados no corredor da cassação, os novos nomes de sacadores do valerioduto que a CPI promete anunciar em janeiro surgiram muito mais de "depoimentos informais e reservados" que do celebrado programa de computador importado da inteligência britânica. Tecnologia nacional 2 – "Não é preciso ser James Bond para descobrir quem pegou dinheiro das contas do Marcos Valério", diz um deputado à espera de julgamento. O programa I2 cruzou dados de envolvidos nas apurações da CPI. Guichê exclusivo – Um deputado do PMDB que tentava liberar emenda na pasta do Turismo foi aconselhado a não perder seu tempo. Ali só estão dando de comer ao PTB do ministro Walfrido Mares Guia. Falando sozinho – O mesmo deputado comenta a total indiferença dos ministros às determinações da coordenação política do governo sobre quais emendas deveriam ser liberadas: "O apito do Jaques Wagner está mudo. Ele sopra, sopra, e ninguém ouve".

Nada menos – Em reunião ontem com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o comando da Polícia Federal bateu o pé por reajuste de no mínimo 40% em seus salários. O recente aumento concedido aos magistrados só fez fermentar a insatisfação da PF. Para o ano – O governo foi receptivo ao porcentual de reajuste reivindicado, mas propôs parcelá-lo em três ou quatro anos. A PF não aceitou nem discutir a idéia. Uma nova reunião deverá ocorrer logo no início de 2006. Instinto selvagem – Do deputado Delfim Netto (PMDB-SP), sobre as perspectivas para 2006: "Não há por que o país não crescer de 4,5% a 5%. Basta que o presidente reacenda o espírito animal dos empresários. O resto é conversa". Voto de elite – Satisfeito com a liderança na pesquisa Datafolha sobre a sucessão paulista, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) se declara particularmente surpreendido pelo desempenho acima de sua própria média entre os eleitores de maior renda. Programa de verão – Antes mesmo da virada para 2006, o PFL paranaense abriu fogo contra Roberto Requião (PMDB), candidato à reeleição. Outdoors espalhados pelo litoral do estado lembram promessa de campanha, não-cumprida, de acabar com os pedágios. Projeto Tatto – Pela primeira vez, a família petista Tatto terá "chapa pura". Jilmar, ex-secretário de Marta Suplicy, dobrará para federal com o irmão Ênio, que buscará reeleição na Assembléia paulista. Debutante – Presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva tentará vaga na Câmara em 2006.

TIROTEIO

* Do vereador Paulo Teixeira, integrante da bancada do PT na Câmara paulistana, a respeito dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, que em evento conjunto criticaram o desempenho do governo federal:

– Os dois discordam até quanto à responsabilidade sobre as enchentes. Atacar Lula é a única coisa que os une.

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