A torcida da Gaviões da Fiel saiu furiosa do sambódromo onde é realizada a apuração do carnaval paulistano. Os torcedores caminham pela Marginal Tietê. Maioria no sambódromo, eles começaram a se retirar no meio da apuração. A escola deve ser rebaixada.
A escola de samba foi penalizada pela Liga das Escolas de Samba com a perda de quatro pontos, por irregularidades no desfile. Como se não bastasse, praticamente não tirou nota 10. A direção da escola ameaçou abandonar o carnaval paulistano.
Neste ano, as quatro últimas escolas serão rebaixadas do grupo especial para o de acesso, para diminuir o número de agremiações no grupo principal em 2007. No grupo de acesso, apenas duas escolas subirão.
A Liga das Escolas de Samba de São Paulo confirmou na noite de segunda-feira que a Gaviões da Fiel perdeu quatro pontos por terminar o desfile com um minuto e dez segundos de atraso e por não ter escondido a marca dos geradores usados nos carros alegóricos. Segundo o regulamento, é proibido qualquer tipo de merchandising.
O presidente da Gaviões da Fiel, Wellington da Rocha Junior, considerou a decisão injusta e ameaçou que a escola pode deixar o carnaval paulistano.
- O carnaval de São Paulo é uma mentira. As regras não valem para todos. Todas as escolas fora avisadas de que deveriam esconder a marca dos geradores, menos a Gaviões. Vamos reunir o conselho para decidir se continuamos no carnaval de São Paulo - afirma Rocha Junior.
Ele afirma que a escola concorda em perder os pontos pelo atraso, mas não os dois pontos por merchandising.
- Só seria merchandising se a escola tivesse recebido por isso. As marcas dos pneus usados nos carros alegóricos e dos instrumentos não podem ser escondidas e não são consideradas merchandising. Por que a marca dos geradores é?-argumenta.
De acordo com Rocha Junior, a escola investiu R$ 2 milhões no desfile.
- Estamos nos perguntando se vale investir tanto para ficar em um grupo que não nos quer - diz.
Segundo ele, a escola ainda investiu R$ 80 mil em advogados durante o ano de 2005 para garantir sua presença dentro do grupo especial.
- Foi uma batalha jurídica durante todo o ano. Com a liminar que nos foi dada, a Mancha Verde também teria o direito adquirido de participar do grupo especial, mas não conseguiu. As regras não são para todos - reafirmou o presidente da Gaviões.
Ele diz ainda que Gaviões pode pedir uma investigação do Ministério Público sobre a aplicação dos recursos repassados pelo município, que é de R$ 500 mil, por todas as escolas do grupo especial.
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