Celso Torquato permaneceu cabalisticamente 13 anos no PMDB. Ingressou em março do ano passado no PSDB, juntamente com o deputado federal Gustavo Fruet.

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Gazeta do Povo – Quais os motivos que o levaram a deixar o PMDB, em 2005?

Celso Torquato – Eu defendo a tese de que todo grande partido tem que ter candidato próprio. Em 2004, os delegados e o governador não achavam isso e resolveram apoiar o candidato do PT, o deputado estadual Ângelo Vanhoni, nas eleições municipais de outubro. Naquele período nós tínhamos grandes nomes dentro da legenda com chances de bater qualquer nome. Tínhamos o Gustavo Fruet, o deputado estadual e ex-prefeito, Rafael Greca. Se a convenção tivesse escolhido qualquer um desses nomes eu ainda estaria no PMDB. Como preferiu apoiar o candidato do PT vi que minhas idéias não tinham espaço.

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Então você defende que o PSDB tenha candidato a governador?

Hoje minha briga é que o PSDB precisa ter candidato próprio ao governo. Acredito nisso porque é a única maneira de o Paraná avançar politicamente e também para que a legenda mantenha sua identidade política e com o mesmo grupo unido. Também acredito que o partido irá precisar de palanque para o nosso candidato à Presidência. As alianças só devem ser costuradas no segundo turno das eleições. Veja o exemplo do PMDB. Ele está sendo liquidado. Hoje dos três vereadores, dois vieram do PFL e um do PTB. A única identidade do PMDB é o governador Roberto Requião. Se o partido perdê-lo vai se enfraquecer bastante. E tudo por quê? Porque é um partido fechado.