Curitiba – A Frente Nacional de Transporte de Cargas, entidade que representa caminhoneiros de todo o país, fará uma mobilização, na próxima segunda-feira, em Brasília.

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O objetivo é chamar a atenção do governo federal para uma série de medidas que não foram cumpridas desde o último encontro, em julho do ano passado.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, o governo federal "não pode considerar o setor como de segunda classe, na medida que 62% da produção nacional é transportada por caminhões".

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Uma das reivindicações do setor é o uso original da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) – tributo sobre o consumo de gasolina.

A Cide foi criada especificamente para ser aplicada na melhoria das rodovias e transportes. Segundo o Setcepar, no ano passado apenas 31% dos R$ 8 bilhões arrecadados pela Cide foram gastos com o setor de transportes.

"Hoje a Cide equivale a R$ 0,28 do litro de gasolina. Então imagine o quanto seria economizado se ela fosse descontada", analisa Nunes.

A Frente promete uma paralisação dos caminhoneiros caso o governo não mostre cooperação. Para Nunes, "se não vermos sinais claros de que o governo federal vai atender nossas reivindicações, principalmente em relação à destinação da Cide, a gente vai partir para a paralisação".

O Ministério dos Transportes não vai se pronunciar sobre a mobilização dos representantes dos transportadores autônomos e das empresas até segunda-feira.

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Números

O Setcepar estima que no Paraná exista cerca de 700 empresas de transportes e, em todo o país, 5 milhões de pessoas estejam empregadas em áreas com relação direta ao setor de transportes.