O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Curitiba bateu ontem o recorde de atendimento no último dia de prazo para transferência de domicílio eleitoral ou para retirada do primeiro título. Até o início da noite, 4.295 eleitores haviam retirado o documento. Em 5 de maio de 2004, também na data limite para regularização, 4.011 pessoas foram atendidas.
Quem deixou para última hora enfrentou fila. Desde o fim de semana, o movimento na sede do TRE foi grande. Só no feriado do Dia do Trabalhador foram emitidos 3.895 títulos. A média diária de atendimento em períodos normais é de 500 pessoas.
De janeiro até ontem o número de novos títulos expedidos para maiores de 16 anos que vão votar pela primeira vez foi praticamente igual ao volume de transferências de domicílio eleitoral de outros municípios para a capital. As novas inscrições somaram 27.095 e as transferências 26.030. Já o número de revisões, que são as transferências de endereço de votação dentro de Curitiba, foram de 19.755.
Pontualmente às 18h os portões do TRE foram fechados, mas quem ainda estava na fila recebeu senha e conseguiu retirar o documento. Os 54 guichês de atendimento funcionaram sem interrupção.
A duração média de atendimento foi de duas horas. Em 2004, o eleitor demorava o dobro do tempo para transferir o domicílio ou fazer o primeiro título.
Segundo a assessoria de comunicação do TRE, o atendimento ficou mais ágil porque além do aumento dos guichês de 36 para 54, foram feitas mudanças na tecnologia de processamento dos dados. Em 2004, eram usados dois programas de computador para a consulta e o formulário. Agora, todo o processo é feito em um único programa que permite agilizar as informações. O Paraná é o único estado do país em que o título de eleitor sai na hora.
O presidente do TRE do Paraná, desembargador Clotário de Macedo Portugal Neto, disse que o Tribunal já está preparado para a eleição de outubro. "A nossa esperança é que se repita este ano o que aconteceu com o referendo, quando fomos os primeiros do país a divulgar o resultado oficial das eleições", afirmou.
A expectativa do TRE é que o número de eleitores neste ano no estado chegue a 7,1 milhões. Em 2004, foram 6,9 milhões de votantes.
Indecisos
O estudante Giovani Silveira, de 17 anos, esperou com tranqüilidade a longa fila para tirar o título pela primeira vez, mas não demonstra a mesma paciência com a classe política. "É só roubalheira nesse Brasil. Tem político fazendo até greve de fome. Virou circo", reclama. Apesar do empenho para fazer o título, o jovem diz que está propenso a anular o voto.
A dona de casa Stela Morani, de 36 anos, que vive em Curitiba há três anos, é natural de Jardim Olinda e deixou para a última hora a transferência do título porque tinha perdido a carteira de identidade, mas está decidida a fazer valer seu voto. "A gente tem que escolher alguém e torcer para que essa pessoa não faça igual ao que a gente está vendo lá em Brasília", comparou.
O prazo para transferência ou para novos títulos acabou ontem, mas os eleitores que perderam o documento e querem solicitar a segunda via têm até o dia 21 de setembro.
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